23 setembro 2011

O futebol na TV e a defesa do essencial

Na linguagem do tempo devo confessar que sou fã dos teletextos com que João Lopes semanalmente nos brinda no "Notícias TV" (suplemento do JN). No de hoje destaco muito especialmente esta sua crítica a um certo tipo de comentadores do futebol que nos entra pelo ecrã:

"1. Celebrar o silêncio será um delírio poético? Talvez… porque não? Digamos que, nem que seja por razões poéticas, vale a pena perguntar porque é que a maioria dos comentadores dos directos do futebol não conseguem parar (ao menos por um abençoado segundo!!!) para escutar os ambientes dos jogos? Às vezes, a dois, dão-se mesmo ao luxo de elaborar infinitas dissertações sobre estratégias e tácticas, como se não estivesse nada a acontecer no ecrã ... Pede-se apenas a defesa do essencial: o prazer de olhar e escutar. O nosso, pelo menos."

Não tenho o conhecido e muito requintado hábito de Artur Jorge, ex-treinador do FCP, de desligar o som da TV e ficar a observar as peripécias do jogo, escutando apenas música clássica. Mas nem oito nem oitenta. O comentador do direto do futebol nem precisa de nos dizer o que já estamos a ver com os nossos próprios olhos, nem tem nada que nos contar a vida de cada jogador desde pequenino. Dele se espera informação, esclarecimento, enfim, uma chamada de atenção para este ou para aquele momento, mas não um relato propriamente dito. Espera-se, sobretudo, que não transforme o jogo inteiro numa interminável e aborrecida sucessão de pormenores. Haja retórica. Ao menos, medida e bom senso. Não é pedir muito.

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10 setembro 2011

Cássio - o filósofo (*)

"É melhor falar dos nossos erros do que dos erros dos outros"

(*) Cássio, guarda-redes do Paços de Ferreira, em entrevista à Sport TV quando admitia os erros da sua equipa no jogo de hoje (em que se deixou derrotar pelo Sporting por 2-3, depois de ter estado a ganhar por 2-0).

01 setembro 2011

Prémio Nobel ao jantar

Hoje jantei na Casa Nanda, o afamado restaurante da Rua da Alegria e jantei muito bem. Mas se a comida estava como sempre, a companhia foi como nunca, pois não é todos os dias (ou noites) que se janta com um Prémio Nobel, neste caso, com o Arqt. Siza Vieira, ali mesmo à minha esquerda (na mesa ao lado). Que simplicidade a de este grande homem, um génio que quase pede desculpa pela notoriedade mundial que possui, pela importância que tem para todos nós. Gostei muito do casual encontro. Além do mais, porque ao escolher o mesmo restaurante tive a honra de partilhar um gosto seu. Não é nada de menos.