O ecrã e a palavra escrita
P. Como vê o futuro da literatura?
R. Acho que os leitores vão acabar. O público do romance diminui a toda a hora, em grande parte devido à tecnologia, que afasta as pessoas. O ecrã sempre distraiu as pessoas da palavra escrita, é um aparelho que exerce um imenso poder. Primeiro foi o ecrã de cinema, depois a televisão e agora o computador...
Philip Roth em entrevista à Actual, Expresso 17 Out 2009
Não estará Philip Roth a confundir aqui o romance com o livro, o conteúdo com o meio? A escrita não tem que desaparecer (nem desapareceu) do ecrã. Provam-no as inúmeras bibliotecas já acolhidas pela internet, a crescente distribuição de livros em formato digital, os próprios programas de conversação ou redes sociais online. Digo mais: estou convencido que a palavra e a escrita só sairão da internet quando sairem também das nossas vidas. Mas é bom de ver que, nessa altura, também já não fariam falta nenhuma.
R. Acho que os leitores vão acabar. O público do romance diminui a toda a hora, em grande parte devido à tecnologia, que afasta as pessoas. O ecrã sempre distraiu as pessoas da palavra escrita, é um aparelho que exerce um imenso poder. Primeiro foi o ecrã de cinema, depois a televisão e agora o computador...
Philip Roth em entrevista à Actual, Expresso 17 Out 2009
Não estará Philip Roth a confundir aqui o romance com o livro, o conteúdo com o meio? A escrita não tem que desaparecer (nem desapareceu) do ecrã. Provam-no as inúmeras bibliotecas já acolhidas pela internet, a crescente distribuição de livros em formato digital, os próprios programas de conversação ou redes sociais online. Digo mais: estou convencido que a palavra e a escrita só sairão da internet quando sairem também das nossas vidas. Mas é bom de ver que, nessa altura, também já não fariam falta nenhuma.
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