Os perigosos semáforos
Foi ontem na Av. da República, a avenida principal de V. N. Gaia. Em plena luz do dia (12h30), uma mulher de 37 anos parou o automóvel nos semáforos, mesmo em frente ao conhecido Restaurante Carpa. De imediato dois indivíduos entraram-lhe pelo carro dentro e obrigaram-na a seguir para Canelas. Apesar de ter acatado todas as instruções, os assaltantes - "dois rapazes novos e com luvas brancas" - roubaram-lhe 1000 euros em dinheiro e com uma violência pouco habitual neste tipo de crime, vibraram-lhe 22 facadas! Em seguida abandonaram a vítima à sua sorte e puseram-se em fuga no próprio carro. A notícia vem aqui, no Jornal de Notícias de hoje.
Imagino que para os mais altos responsáveis pela segurança do nosso país, este tenha sido apenas mais um crime. E é isso que acho grave: a rotina, a banalização, o conformismo de um sucessivo encolher-de-ombros. Porque é bom de ver que não há maior ofensa do que atentar contra a vida ou integridade física de alguém. Como é então possível defender que a vida não tem preço e, ao mesmo tempo, assistir impassível (ou quase) ao infortunado desbaratamento dessa suprema riqueza? É claro que a retórica da segurança irá continuar porque, mais do que combater o flagelo, à política de curto-prazo (a dos votos...) interessa isso sim evitar a todo o custo o empolamento ou alarme junto dos cidadãos. Nem me surpreende, pois, que, nos últimos tempos, tenha sido posta a circular a ideia de que temos polícias a mais. Digam lá... não é tão persuasiva esta ideia? Polícias a mais?... esta é boa. Será por isso que andam pelas ruas aos pares?
Imagino que para os mais altos responsáveis pela segurança do nosso país, este tenha sido apenas mais um crime. E é isso que acho grave: a rotina, a banalização, o conformismo de um sucessivo encolher-de-ombros. Porque é bom de ver que não há maior ofensa do que atentar contra a vida ou integridade física de alguém. Como é então possível defender que a vida não tem preço e, ao mesmo tempo, assistir impassível (ou quase) ao infortunado desbaratamento dessa suprema riqueza? É claro que a retórica da segurança irá continuar porque, mais do que combater o flagelo, à política de curto-prazo (a dos votos...) interessa isso sim evitar a todo o custo o empolamento ou alarme junto dos cidadãos. Nem me surpreende, pois, que, nos últimos tempos, tenha sido posta a circular a ideia de que temos polícias a mais. Digam lá... não é tão persuasiva esta ideia? Polícias a mais?... esta é boa. Será por isso que andam pelas ruas aos pares?
<< Home