O homem e a técnica
Acreditamos no homem. Mais nas suas capacidades do que nas suas acções, mais no seu saber do que na respectiva aplicação. Mas acreditamos. Acreditamos porque temos boas razões para acreditar, e também porque, no desafio da vida, não acreditar é o mesmo que entrar em campo já a perder. Que má opção seria a de trocar a crença pelo nada que a descrença nos dá. Hans Jonas e a sua frase lapidar: “É quando menos acreditamos na sabedoria que mais dela precisamos”
Mas perante a actual escalada da técnica, seria impensável perder todo o medo ao novo e ao desconhecido. A extensão dos poderes que o homem detém já sobre a natureza, obriga, como nunca, ao seu uso ponderado, prudente. E a verdade é que entre a credulidade absoluta e a antecipação da desgraça, haverá sempre lugar para uma crença vigiada pelo medo. Não aquele medo que paraliza, mas o que previne contra a insensatez e desenfreado aventureirismo. Numa palavra, que serve de caução a um futuro de esperança.
Mas perante a actual escalada da técnica, seria impensável perder todo o medo ao novo e ao desconhecido. A extensão dos poderes que o homem detém já sobre a natureza, obriga, como nunca, ao seu uso ponderado, prudente. E a verdade é que entre a credulidade absoluta e a antecipação da desgraça, haverá sempre lugar para uma crença vigiada pelo medo. Não aquele medo que paraliza, mas o que previne contra a insensatez e desenfreado aventureirismo. Numa palavra, que serve de caução a um futuro de esperança.
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