O caso do falso professor verdadeiro
Segundo João Bonzinho, no "Sexta" de hoje, o cidadão António Ramalho Raposo de 53 anos foi esta semana condenado a 18 meses de prisão com pena suspensa por ter dado aulas de educação física e de matemática durante 30 anos, chegando mesmo a presidente do conselho executivo da escola Cristóvão Falcão (entre 2001 e 2006) à custa do recurso a "certificados de habilitações que nunca teve".
Confirmado agora que não era quem dizia ser, nem tinha direito aos diplomas que forjava, o professor não podia ser mais falso. Cometeu um crime pelo qual foi condenado e, como é natural, foi também expulso da Função Pública. O problema é que como relata João Bonzinho, foi elogiado em pleno tribunal por professores, auxiliares de educação e antigos alunos que o classificaram como "docente exemplar, que sempre desempenhou na perfeição as suas funções" - elogios que não estarão, por certo, ao alcance de muitos professores verdadeiros.
O António Raposo pode então ter sido muito mais um "falso professor verdadeiro" do que um "verdadeiro professor falso". Depois, como diz João Bonzinho, "é tramado que [o António Raposo] se veja expulso após tão bons serviços prestados". Mas é a vida.
Confirmado agora que não era quem dizia ser, nem tinha direito aos diplomas que forjava, o professor não podia ser mais falso. Cometeu um crime pelo qual foi condenado e, como é natural, foi também expulso da Função Pública. O problema é que como relata João Bonzinho, foi elogiado em pleno tribunal por professores, auxiliares de educação e antigos alunos que o classificaram como "docente exemplar, que sempre desempenhou na perfeição as suas funções" - elogios que não estarão, por certo, ao alcance de muitos professores verdadeiros.
O António Raposo pode então ter sido muito mais um "falso professor verdadeiro" do que um "verdadeiro professor falso". Depois, como diz João Bonzinho, "é tramado que [o António Raposo] se veja expulso após tão bons serviços prestados". Mas é a vida.
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