22 setembro 2003

Oh, Oh, António...

Há dias, o António do opiniondesmaker, depois de confessar que se quer convencer não apenas a si próprio mas até a Deus (!), deixava a seguinte interrogação no ar:

"Deverei usar artes de persuasão ou de ornamentação ?
O estimado Américo que não me deixe apeado....porque eu preciso destes discursos como do pão para a boca".


Hesitei se deveria responder ou não. Numa primeira interpretação, pareceu-me que o António quis apenas fazer um pouco de humor, para o que recorreu até à "graça" de Deus. Mas ao reler "o estimado Américo que não me deixe apeado" detectei uma carga tão apelativa que me "persuadi" de que não tenho o direito de o desiludir, estimado António. Por isso, embora proporcional à modéstia dos meus recursos, aqui tem a minha opinião:

Sendo evidente o plano secundário para que parece remeter os argumentos (nem falou neles) na tarefa de persuadir, o melhor é desfazer esse dilema de meios e apostar em ambos, sendo certo que:

1) Quem se queira convencer a si proprio, não tem melhor "arte de persuasão" do que passar a pensar melhor. Com a vantagem de que quem já pensa o melhor possível não precisa de se convencer. Já é convencido.

2) Para convencer Deus, sugiro, como "ornamentação", um digno paramento. Uma ousadia bem justifica a outra.

A brincar, a brincar...