Excertos de um livro não anunciado (88)
(...) É que se "teoricamente, é possível permanecer-se irresoluto, sendo mesmo, como Descartes pensa, indispensável esse momento de purificadora suspensão para que o espírito se purgue de todo o tipo de preconceitos e para que as opiniões possam ser ajustadas 'ao nível da razão', já no domínio da acção o mesmo não se passa, pois estamos sempre, irremediavelmente in media res, incontornavelmente inseridos em contextos e situações, apegados a valores, convicções e normas ou, para o dizer abreviadamente, indissociavelmente ligados a uma ordem prévia determinante das possibilidades de sentido para a nossa acção" (*)
(*) Grácio, R., (1993), Racionalidade Argumentativa, Porto: Edições ASA, p. 18
(*) Grácio, R., (1993), Racionalidade Argumentativa, Porto: Edições ASA, p. 18
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