A mãozinha de Nicolau
Ou é da minha vista ou Nicolau Santos gasta mais de meia página do Expresso deste fim de semana a "dar uma mãozinha" ao Governo.
A coisa torna-se especialmente notada no título "O Portugal que está a fazer muito e bem" e também na afirmação em destaque: "Há um Portugal de sucesso que existe, se afirma e que é preciso divulgar". Não se percebe muito bem sobre quem recairá esta necessidade de divulgar mas supõe-se que seja sobre os jornalistas, a avaliar pelo modo como Nicolau agarra a causa e se vale de avulsos exemplos de empresas de sucesso para, digamos assim, nos confortar da terrível previsão de que Portugal pode vir a ser o país mais pobre da União Europeia em 2050. Só que tudo tem limites. Quando afirma "Quem souber ler, verá aqui boas oportunidades e uma imagem de qualidade do país que se começa a consolidar em algumas áreas" Nicolau Santos mais parece um membro do Governo a tentar motivar as massas do que um credenciado jornalista a dar conta de uma dada realidade. E mais não digo.
Quer dizer, digo. Digo que ainda na mesma página, o conhecido especialista de Economia e Negócios volta a ligar o pisca-pisca para o Governo quando sem mais para o quê, desata a desculpá-lo pelo clamoroso falhanço do projecto de construção da nova refinaria de Sines. O que faz com inegável arte: "Não é fácil um Governo ter em mãos um potencial grande investimento de 6.000 milhões de euros, anunciá-lo com pompa e circunstância - e depois deixá-lo cair. E não é fácil porque isso significa que o Governo se enganou (ou foi enganado) na avaliação que fez do projecto e do interesse que ele teria para a economia. (...) Foi isso que aconteceu (...) quando o Governo se apercebeu de que o risco do investimento e os custos de funcionamento estavam a passar rapidamente da esfera privada para o lado público. O ministro da Economia esteve, pois, muito bem ao "matar" elegantemente o projecto (...). Ou seja: foi tudo muito natural, não há que responsabilizar ninguém, foi uma chatice mas são coisas que acontecem... pronto. Perante isto, só me pergunto onde é que Sócrates andará com a cabeça? A que melhor e mais empenhado porta-voz para os assuntos economicos poderia aspirar?
A coisa torna-se especialmente notada no título "O Portugal que está a fazer muito e bem" e também na afirmação em destaque: "Há um Portugal de sucesso que existe, se afirma e que é preciso divulgar". Não se percebe muito bem sobre quem recairá esta necessidade de divulgar mas supõe-se que seja sobre os jornalistas, a avaliar pelo modo como Nicolau agarra a causa e se vale de avulsos exemplos de empresas de sucesso para, digamos assim, nos confortar da terrível previsão de que Portugal pode vir a ser o país mais pobre da União Europeia em 2050. Só que tudo tem limites. Quando afirma "Quem souber ler, verá aqui boas oportunidades e uma imagem de qualidade do país que se começa a consolidar em algumas áreas" Nicolau Santos mais parece um membro do Governo a tentar motivar as massas do que um credenciado jornalista a dar conta de uma dada realidade. E mais não digo.
Quer dizer, digo. Digo que ainda na mesma página, o conhecido especialista de Economia e Negócios volta a ligar o pisca-pisca para o Governo quando sem mais para o quê, desata a desculpá-lo pelo clamoroso falhanço do projecto de construção da nova refinaria de Sines. O que faz com inegável arte: "Não é fácil um Governo ter em mãos um potencial grande investimento de 6.000 milhões de euros, anunciá-lo com pompa e circunstância - e depois deixá-lo cair. E não é fácil porque isso significa que o Governo se enganou (ou foi enganado) na avaliação que fez do projecto e do interesse que ele teria para a economia. (...) Foi isso que aconteceu (...) quando o Governo se apercebeu de que o risco do investimento e os custos de funcionamento estavam a passar rapidamente da esfera privada para o lado público. O ministro da Economia esteve, pois, muito bem ao "matar" elegantemente o projecto (...). Ou seja: foi tudo muito natural, não há que responsabilizar ninguém, foi uma chatice mas são coisas que acontecem... pronto. Perante isto, só me pergunto onde é que Sócrates andará com a cabeça? A que melhor e mais empenhado porta-voz para os assuntos economicos poderia aspirar?
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