Transformismo editorial?
Bem sei que hoje é 1 de Abril, dia das mentiras, e que o Jornal de Notícias desde sempre brinca com esta data, dando à estampa uma ou mais falsas notícias para cuja falsidade se apressa a chamar a atenção no dia seguinte.
Mas daí a fazer-se passar por jornal desportivo, como é o caso da edição de hoje, deveria haver uma grande distância. Ignoro (ou talvez não) que opções estratégicas estão por trás deste "transformismo editorial". Mas como leitor diário do JN, praticamente desde que aprendi a ler, custa-me vê-lo disfarçado de jornal desportivo que é a designação que melhor cabe a um jornal que na sua edição de hoje ocupa, vejam bem, 18 (!) páginas com o desporto em geral, sendo que entre as 6 primeiras figuram 5 páginas inteiramente dedicadas ao Benfica-Porto de hoje, para além da chamada de primeira página sobre o mesmo evento.
Não tenho nada contra os jornais desportivos que, aliás, folheio de quando em vez. Muito menos contra o desporto de que fui praticante e até dirigente de um dos “3 grandes”, embora numa modalidade amadora (voleibol). Não tenho nada também contra o futebol, principalmente, quando bem jogado (sim, não comungo da erística clubite que o "cantinho do hooligan" bem-humoradamente parodia).
Mas com franqueza, não estou a ver que um leitor diário do JN estivesse preparado para encontrar hoje nas 5 primeiras páginas (interiores) do seu jornal, apenas desporto, apenas futebol, apenas um jogo e mais desporto ainda entre as páginas 47 e 59 (12 páginas consecutivas de desporto, só uma vez interrompidas por uma inteiramente preenchida com publicidade). Se foi mentira de 1 de Abril, foi um exagero. Se não foi, ainda pior. Não faltam, por certo, leitores que, se soubessem o que hoje os esperava, teriam, por certo, preferido comprar a “Bola”, o “Record” ou “O Jogo”. Conheço, pelo menos, um deles.
Mas daí a fazer-se passar por jornal desportivo, como é o caso da edição de hoje, deveria haver uma grande distância. Ignoro (ou talvez não) que opções estratégicas estão por trás deste "transformismo editorial". Mas como leitor diário do JN, praticamente desde que aprendi a ler, custa-me vê-lo disfarçado de jornal desportivo que é a designação que melhor cabe a um jornal que na sua edição de hoje ocupa, vejam bem, 18 (!) páginas com o desporto em geral, sendo que entre as 6 primeiras figuram 5 páginas inteiramente dedicadas ao Benfica-Porto de hoje, para além da chamada de primeira página sobre o mesmo evento.
Não tenho nada contra os jornais desportivos que, aliás, folheio de quando em vez. Muito menos contra o desporto de que fui praticante e até dirigente de um dos “3 grandes”, embora numa modalidade amadora (voleibol). Não tenho nada também contra o futebol, principalmente, quando bem jogado (sim, não comungo da erística clubite que o "cantinho do hooligan" bem-humoradamente parodia).
Mas com franqueza, não estou a ver que um leitor diário do JN estivesse preparado para encontrar hoje nas 5 primeiras páginas (interiores) do seu jornal, apenas desporto, apenas futebol, apenas um jogo e mais desporto ainda entre as páginas 47 e 59 (12 páginas consecutivas de desporto, só uma vez interrompidas por uma inteiramente preenchida com publicidade). Se foi mentira de 1 de Abril, foi um exagero. Se não foi, ainda pior. Não faltam, por certo, leitores que, se soubessem o que hoje os esperava, teriam, por certo, preferido comprar a “Bola”, o “Record” ou “O Jogo”. Conheço, pelo menos, um deles.
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