29 julho 2003

Excertos de um livro não anunciado (25)

(...) Por sua vez, o acto é intencional quando é praticado sem estar forçado ou submetido a uma violência ou a uma necessidade exterior. Considerando que tudo o que se faz voluntariamente, será agradável ou dirigido ao prazer, Aristóteles define este último como "um processo de alma e um retorno total e sensível à sua forma natural de ser”* e descreve os diversos tipos de prazeres tais como prazeres naturais do corpo, prazeres da imaginação e recordação, prazer de se vingar, prazer de vencer, prazer da honra, prazer do amor, prazer de aprender, prazer de mandar, etc., ao mesmo tempo que fornece as opiniões geralmente aceites e utilizáveis como premissas ao falar sobre se o acto foi realizado voluntariamente ou não e o que com ele poderia ter querido obter o agente.(...)

*Aristóteles,(1998), Retórica, Madrid: Alianza Editorial, p. 108