Conímbriga é uma lição
Situadas a cerca de 15 km a sul de Coimbra, as ruínas de Conímbriga são um riquíssimo testemunho da nossa antiguidade. Alguns dos objectos nelas descobertos remontam, imagine-se, ao sec. IX a. C., e documentam a mais recuada fixação humana na região. A configuração urbana do lugar, essa surge principalmente depois dos primeiros contactos com os romanos na segunda metade do sec. II a. C. e muito em especial nos primeiros anos do sec. I, quando Augusto resolve dotar Conímbriga de aqueduto, forum, termas públicas, casas para habitação e lojas. Nos finais deste mesmo século, Vespasiano eleva-a à categoria de "municipium".
Segue-se um período de muita construção que viria a acentuar a sua monumentalidade. As magníficas vivendas atapetadas de mosaico que hoje constituem a grande atracção de Conímbriga, datam do sec. III. Mas ainda na segunda metade deste século dá-se a crise do império romano e a chegada das primeiras invasões dos Bárbaros. O clima de instabilidade e terror que entretanto se gerou levou à edificação de uma forte muralha, mas nem isso evitou que em 468 a cidade fosse tomada e parcialmente destruída, e os seus habitantes escravizados.
Ontem à tarde, fui ver o que sobrou desta antiga cidade. E ficaram-me na retina os geométricos pisos atapetados de mosaicos, o troço empedrado com lages irregulares de calcário que integrava a antiga estrada de Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga) e ainda a monumentalidade arquitectónica do que terá sido o forum flaviano. Mas nestas ruínas são inúmeros os polos de interesse que se oferecem à selecção pessoal de cada um. Cada visita pode transformar-se num verdadeiro achado, numa experiência única. Por mim, tive a repetida sensação de quem está a comunicar com o passado, de quem lê, finalmente, um recado que lhe deixaram. Um recado escrito há algum tempo, há muito tempo, é certo, mas que contém ainda a informação mais actualizada sobre as nossas próprias raízes e influências. Neste sentido, Conímbriga é e continará a ser uma lição.
Segue-se um período de muita construção que viria a acentuar a sua monumentalidade. As magníficas vivendas atapetadas de mosaico que hoje constituem a grande atracção de Conímbriga, datam do sec. III. Mas ainda na segunda metade deste século dá-se a crise do império romano e a chegada das primeiras invasões dos Bárbaros. O clima de instabilidade e terror que entretanto se gerou levou à edificação de uma forte muralha, mas nem isso evitou que em 468 a cidade fosse tomada e parcialmente destruída, e os seus habitantes escravizados.
Ontem à tarde, fui ver o que sobrou desta antiga cidade. E ficaram-me na retina os geométricos pisos atapetados de mosaicos, o troço empedrado com lages irregulares de calcário que integrava a antiga estrada de Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga) e ainda a monumentalidade arquitectónica do que terá sido o forum flaviano. Mas nestas ruínas são inúmeros os polos de interesse que se oferecem à selecção pessoal de cada um. Cada visita pode transformar-se num verdadeiro achado, numa experiência única. Por mim, tive a repetida sensação de quem está a comunicar com o passado, de quem lê, finalmente, um recado que lhe deixaram. Um recado escrito há algum tempo, há muito tempo, é certo, mas que contém ainda a informação mais actualizada sobre as nossas próprias raízes e influências. Neste sentido, Conímbriga é e continará a ser uma lição.
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