Micro-causa nossa
Já me pronunciei aqui no passado dia 1 sobre a surpreendente resposta-desmentido que Fátima Felgueiras deu ao Público. Alguma sobriedade no título do meu post - "Contra a insinuação de facto" - pode eventualmente explicar o facto de ter escapado ao rastreio a que, nomeadamente o Bloguítica e o Jornalismo e Comunicação submeteram os blogues onde o esclarecimento do Público era solicitado. Mas foi também isso que aqui se fez e precisamente nestes termos:
Mesmo presumindo a melhor intenção de todos, é uma pena que as diferenças de opinião nos mobilizem mais para os ataques pessoais do que para uma serena análise do que realmente está em causa. É uma pena que a controvérsia nos arraste para a intransigência, para a disputa, para a mútua desqualificação. Mas parece que é essa a crua realidade que sistematicamente nos bate à porta, sempre que se trate de formar uma opinião ou vontade colectiva. Por isso é tanto mais de saudar a lucidez e serenidade com que Manuel Pinto se pronuncia hoje no seu blogue Sobre os porquês de uma movimentação na blogosfera.
Obs-Diga José Manuel Fernandes o que disser, logo mais, no "Clube de Jornalistas", não o dirá no lugar certo que seria, sem dúvida, o seu próprio jornal.
"Contra a insinuação de factoSabe-se, entretanto, que várias dezenas de blogues se associaram a um protesto encabeçado pelo Bloguítica contra o silêncio que o jornal continua a manter face ao desmentido formal de Fátima Felgueiras. Mas o ruído subiu de tom quando apareceram alguns blogues a denunciar eventuais segundas intenções (presumivelmente interessadas) por parte dos promotores de tal protesto, o qual foi, aliás, rapidamente apelidado de cruzada contra o Público.
Não tenho prestado muita atenção à "novela" do caso Fátima por me parecer que nada acrescenta ao folclore político em que há muito mergulhamos. Mas do ponto de vista jornalístico, e a confirmar-se o que em direito de resposta Fátima Felgueiras afirma na edição de ontem do Público, não deveria o jornal elucidar um pouco mais o leitor sobre os critérios de verificação que seguiu? É que vai uma grande diferença entre o que, segundo o Público, a candidata terá desabafado - "não era isto que estava combinado?" - e o ter perguntado "apenas por que razão continuava ali", como a própria defende. Impunha-se, por isso, o esclarecimento do jornal. Além do mais, porque a insinuação não cabe no facto."
Mesmo presumindo a melhor intenção de todos, é uma pena que as diferenças de opinião nos mobilizem mais para os ataques pessoais do que para uma serena análise do que realmente está em causa. É uma pena que a controvérsia nos arraste para a intransigência, para a disputa, para a mútua desqualificação. Mas parece que é essa a crua realidade que sistematicamente nos bate à porta, sempre que se trate de formar uma opinião ou vontade colectiva. Por isso é tanto mais de saudar a lucidez e serenidade com que Manuel Pinto se pronuncia hoje no seu blogue Sobre os porquês de uma movimentação na blogosfera.
Obs-Diga José Manuel Fernandes o que disser, logo mais, no "Clube de Jornalistas", não o dirá no lugar certo que seria, sem dúvida, o seu próprio jornal.
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