O que seria de nós sem partidos?
Paulo Cunha Porto, O Misantropo Enjaulado, 04.12.2005
Isto é o que chamo de "post bem disposto". De facto, do jeito que os partidos vão (e que até Alegre denuncia), por certo que "os portugueses" (quantos são... quantos são?) já nem se admiram que Cavaco tenha vergonha do seu próprio partido. Talvez estranhem bem mais que Soares não tenha vergonha do seu. Mas, caro Paulo, daí a defender o apartidarismo, parece-me que vai uma grande distância. É claro que precisamos de melhores forças partidárias mas não vejo como pode a democracia contemporânea sobreviver sem partidos. Mesmo num país pequeno como é o nosso, imagine o "chinfrim" de 10 milhões de "independentes" a puxarem cada um para seu lado. E depois não se esqueça: sem partidos não haveria, sequer, apartidários. Agora diga-me: o que seria de nós?
Publicado n'O Eleito.
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