A retórica da comparação
À hora do almoço, vi o Francisco Louçã na televisão a comparar empolgadamente (como de costume), uma qualquer declaração feita ontem pela secretária de estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, com o que terá um dia sido afirmado por Salazar. Servindo-se da sua melhor voz de teatro, lá começou a ler - sabe-se lá de donde - o que disse um e o que disse o outro. Naturalmente que o deliberado propósito era o de achincalhar a secretária de estado americana, procurando identificar o seu pensamento com o de Salazar. Parecendo-me que o expediente era um tanto ou quanto demagógico, mudei de canal. Mas já me arrependi. Gostava de ter presenciado toda a "cena". Só para tirar uma dúvida: o que é que Louçã realmente conseguiu com tão estapafúrdia comparação? denegriu Condoleezza Rice ou branqueou Salazar?
Publicado n'O Eleito.
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