Da pureza original aos pecados do tempo
Vem hoje na última página do Expresso:
"Igreja perde gestão da Casa do Gaiato
A Casa do Gaiato vai ter, pela primeira vez na sua história, um dirigente não-sacerdote. A Segurança Social decidiu tomar em mãos as rédeas da instituição, depois de uma auditoria da Inspecção-Geral ter denunciado diversas situações de maus tratos físicos e psicológicos sobre os menores residentes nas diversas casas da instituição."
É impossível não reparar na mensagem de fundo para que esta notícia nos remete. Quem a souber e quiser ler que a leia. Mas concerteza que de uma instituição "nas mãos" da Igreja não se espera que seja preciso o Estado chamar a si a iniciativa de acabar com tão deplorável "acolhimento" dos menores que lhe estão confiados. Igualmente preocupante parece ser a substituição de um padre por um leigo no cargo de futuro director da instituição, contra a vontade da Diocese do Porto que "tentou, ainda, encontrar uma solução dentro do clero, para que se mantivesse a 'pureza original (?) do projecto do padre Américo', mas não o conseguiu". Aparentemente, o Governo "não acreditará" que um outro padre pudesse dar tão boas garantias de desempenho como as que dá um leigo. O que, atenta a moralidade do que está em questão, dá que pensar. Ou não dá?
"Igreja perde gestão da Casa do Gaiato
A Casa do Gaiato vai ter, pela primeira vez na sua história, um dirigente não-sacerdote. A Segurança Social decidiu tomar em mãos as rédeas da instituição, depois de uma auditoria da Inspecção-Geral ter denunciado diversas situações de maus tratos físicos e psicológicos sobre os menores residentes nas diversas casas da instituição."
É impossível não reparar na mensagem de fundo para que esta notícia nos remete. Quem a souber e quiser ler que a leia. Mas concerteza que de uma instituição "nas mãos" da Igreja não se espera que seja preciso o Estado chamar a si a iniciativa de acabar com tão deplorável "acolhimento" dos menores que lhe estão confiados. Igualmente preocupante parece ser a substituição de um padre por um leigo no cargo de futuro director da instituição, contra a vontade da Diocese do Porto que "tentou, ainda, encontrar uma solução dentro do clero, para que se mantivesse a 'pureza original (?) do projecto do padre Américo', mas não o conseguiu". Aparentemente, o Governo "não acreditará" que um outro padre pudesse dar tão boas garantias de desempenho como as que dá um leigo. O que, atenta a moralidade do que está em questão, dá que pensar. Ou não dá?
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