09 dezembro 2006

Excerto de um livro não anunciado (354)

Essa diferença, dizem os autores, tem mais a ver com o alcance da mudança de atitude que se fique a dever ao pensamento activo sobre a informação relevante fornecida pela mensagem quanto à atitude, questão ou objecto considerados. Assim, na via central, o pensamento sobre a informação relevante para a questão em apreço é o que mais directamente determina a direcção e intensidade da mudança de atitude produzida. E é nesta via que recai toda a persuasão que resulta do pensamento acerca da questão ou dos próprios argumentos em causa. Já na via periférica, a mudança de atitude fica a dever-se aos factores e motivos inerentes à persuasão que se mostram suficientes para levar a uma mudança da atitude inicial sem que seja necessário qualquer pensamento activo sobre os atributos da questão ou assunto em apreço. Tais factores e motivos são de natureza diversa mas podem consistir, por exemplo, no associar a posição que se defende a outras coisas sobre as quais o receptor já tem um sentimento favorável (tais como o alimento, o dinheiro ou o prestígio), em atribuir a autoria de uma afirmação ou declaração a uma fonte especializada, atractiva ou detentora de poder, ou no expôr a causa somente depois de ter apresentado uma série de outras causas menores a que o receptor não dê grande importância, para que em comparação possa parecer menos má ou melhor.