Scolari: assim não
Por acaso vi, em directo, aquela cena eventualmente irritante em que Scolari abandonou a sala de imprensa só porque os jornalistas não lhe faziam as perguntas que mais desejava. Scolari ficou possesso quando percebeu que os jornalistas não estavam ali para lhe dar os parabéns, para lhe dizer que é o maior treinador do mundo, para lhe agradecer as vitórias que realmente tem conseguido para o futebol português. Naquela hora Scolari queria era festa, não queria perguntas. Queria falar dos resultados e não das sucessivas más exibições. Queria realçar o apuramento e não a tremideira que foram os últimos jogos, muito menos da sofrida incerteza que pairou até ao apito final no Dragão. Mas que não gostasse das perguntas dos jornalistas, ainda vá que não vá. O que é intolerável é que não tenha respeitado quem estava ali para fazer o seu trabalho e não propriamente para saltar com o treinador. Como igualmente intolerável começa a ser o facto de ninguém (da Federação) lhe exigir um comportamento minimamente desportivo e educado. Por mais competência que se lhe reconheça, por mais vitoriosa que seja a carreira da equipa, haja algum decoro e alguém que lhe diga cara a cara: assim não.
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