Comentando o comentador
Vi as duas últimas intervenções de Pacheco Pereira no telejornal da SIC (ou melhor, nas suas imediações). Gostei, francamente. E hoje reparei num pormenor que diz tudo sobre a sua já completa "aclimatação" a este novo estilo de comentário. Refiro-me ao facto de ter iniciado logo com o registo certo, quer na intensidade da voz, quer no "balanço" e na vivacidade das frases que ia proferindo (o que, ao contrário do que possa parecer, não é nada fácil). O "ar" descontraído próprio de quem está a dominar a situação, confere-lhe, por sua vez, toda aquela naturalidade que "reduz" a distância do espectador.
Outro aspecto muito positivo: a duração relativamente curta da "entrevista". Não cronometrei mas, em poucos minutos, Pacheco Pereira criticou o que tinha que criticar numa justiça em que, eventualmente, já poucos confiam, apontou as graves (e caricatas) falhas de segurança na pré-anunciada ida do ministro ao Iraque e nas entrevistas dos nossos militares que desatam a tornar público (incluindo ao inimigo) o que fazem e por onde andam (!) e denunciou, igualmente, um certo "jornalismo de recados" que se apoiará em fontes anónimas, mesmo no noticiário político.
Teve ainda tempo para salientar a importância de que se reveste a sonda espacial actualmente a caminho de Marte, no âmbito de um desejado alargamento de fronteiras no espaço interplanetário. Pelo meio, lá foi contornando algumas interrupções da jornalista que me pareceram, aliás, pouco oportunas já que, quando o entrevistado prima por observações incisivas, como tem sido o caso, não parece indicado correr o risco de lhe cortar o raciocínio.
É, sem dúvida, mais um sucesso made in JPP.
Outro aspecto muito positivo: a duração relativamente curta da "entrevista". Não cronometrei mas, em poucos minutos, Pacheco Pereira criticou o que tinha que criticar numa justiça em que, eventualmente, já poucos confiam, apontou as graves (e caricatas) falhas de segurança na pré-anunciada ida do ministro ao Iraque e nas entrevistas dos nossos militares que desatam a tornar público (incluindo ao inimigo) o que fazem e por onde andam (!) e denunciou, igualmente, um certo "jornalismo de recados" que se apoiará em fontes anónimas, mesmo no noticiário político.
Teve ainda tempo para salientar a importância de que se reveste a sonda espacial actualmente a caminho de Marte, no âmbito de um desejado alargamento de fronteiras no espaço interplanetário. Pelo meio, lá foi contornando algumas interrupções da jornalista que me pareceram, aliás, pouco oportunas já que, quando o entrevistado prima por observações incisivas, como tem sido o caso, não parece indicado correr o risco de lhe cortar o raciocínio.
É, sem dúvida, mais um sucesso made in JPP.
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