Quem consegue engolir?
José Rodrigues dos Santos e o seu "primado da subjectividade" (*), no Jornal de Notícias de hoje:
As coisas têm a importância que lhes quisermos dar. O futebol não tem importância nenhuma e tem toda a importância. Depende do valor que lhe atribuirmos.
Ora vamos lá tentar engolir isto:
1.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
2.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
3.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
Chega. Isso não deve ser mesmo de engolir. Ou será que se eu não atribuir
importância a uma coisa ela deixa de ter o seu valor? Concerteza que o futebol tem um certo valor para mim, que vivencio como muito bem me apetecer. Mas o problema é que não posso afirmar tal valor (que lhe atribuo) sem recorrer à sua justificação.
Ora as razões a apresentar em favor da minha opção ou têm um fundo mínimo de objectividade ou são totalmente subjectivas. No primeiro caso, poderei aspirar a ser compreendido, ainda que a preferência dos meus interlocutores seja bem diferente da minha. No segundo caso, melhor seria que ficasse calado pois, se a minha avaliação ou escolha se estrutura num motivo puramente subjectivo, também só eu a poderei entender. Aliás, a mais ninguém deveria interessar.
(*) "Primado de subjectividade" já defendido por JRS no seu livro "A Verdade da Guerra”
As coisas têm a importância que lhes quisermos dar. O futebol não tem importância nenhuma e tem toda a importância. Depende do valor que lhe atribuirmos.
Ora vamos lá tentar engolir isto:
1.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
2.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
3.ª tentativa: "As coisas têm a importância que lhes quisermos dar".
Chega. Isso não deve ser mesmo de engolir. Ou será que se eu não atribuir
importância a uma coisa ela deixa de ter o seu valor? Concerteza que o futebol tem um certo valor para mim, que vivencio como muito bem me apetecer. Mas o problema é que não posso afirmar tal valor (que lhe atribuo) sem recorrer à sua justificação.
Ora as razões a apresentar em favor da minha opção ou têm um fundo mínimo de objectividade ou são totalmente subjectivas. No primeiro caso, poderei aspirar a ser compreendido, ainda que a preferência dos meus interlocutores seja bem diferente da minha. No segundo caso, melhor seria que ficasse calado pois, se a minha avaliação ou escolha se estrutura num motivo puramente subjectivo, também só eu a poderei entender. Aliás, a mais ninguém deveria interessar.
(*) "Primado de subjectividade" já defendido por JRS no seu livro "A Verdade da Guerra”
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