08 julho 2004

Excertos de um livro não anunciado (191)

(...) Argumentos quase lógicos são também os que aparentemente se estruturam com base em propriedades lógico-formais como a transitividade e a inclusão, onde as relações puramente formais “igual a” “incluído em”, “maior que” ou “o todo é maior que cada uma das suas partes” conferem uma acentuada persuasividade ao que é afirmado, mesmo quando tal ligação lógica seja susceptível de ser desmentida pela experiência ou dependa de prévios juízos de valor. O mesmo se diga da propriedade de divisão, quando se tende a mostrar que só resta uma alternativa e que esta consiste em escolher a parte que constitui o mal menor, ou seja, quando a questão é apresentada sob a forma de um dilema constringente. (...)