Engenharia de tecidos humanos (3)
A INVESTIGAÇÃO
(...) o cientista português Rui Reis (*) coordena um grupo de investigadores que lidera a única rede de excelência, a nível europeu, na área da engenharia de tecidos humanos. (...) O sucesso deste grupo de investigadores é tanto mais de realçar quanto se sabe dos entraves legais que são colocados, em Portugal, ao uso de células humanas embrionárias, ao contrário do que sucede, por exemplo, na vizinha Espanha, onde seria perfeitamente possível recorrer a tais células no mesmo tipo de experiências.
O TRAVÃO ÉTICO
São, regra geral, muito respeitáveis, os limites éticos que estão por trás das proibições legais deste ou daquele tipo de experiências na investigação científica. Mas será humanamente aceitável retardar por mais tempo a solução para tão graves e tão antigos problemas de invalidez ou incapacidade definitiva? Isto já para não referir os elevados custos sociais de todas as doenças ou acidentes incapacitantes que são provocados por lesão ou disfunção óssea. Conviria, talvez, que não se confundisse limitação ética com indefinição ética, nem ponderação com adiamento, quando, como é o caso, se trata de uma manifestação de ciência do mais alto nível.
(*) Eleito, em 2002, o jovem cientista europeu do ano em Biomateriais (Prémio Jean Leroy da European Society of Biomaterials)
in Sousa, Américo, (2004), O Homem Com Medo de Si Próprio, Porto: Estratégias Criativas
(...) o cientista português Rui Reis (*) coordena um grupo de investigadores que lidera a única rede de excelência, a nível europeu, na área da engenharia de tecidos humanos. (...) O sucesso deste grupo de investigadores é tanto mais de realçar quanto se sabe dos entraves legais que são colocados, em Portugal, ao uso de células humanas embrionárias, ao contrário do que sucede, por exemplo, na vizinha Espanha, onde seria perfeitamente possível recorrer a tais células no mesmo tipo de experiências.
O TRAVÃO ÉTICO
São, regra geral, muito respeitáveis, os limites éticos que estão por trás das proibições legais deste ou daquele tipo de experiências na investigação científica. Mas será humanamente aceitável retardar por mais tempo a solução para tão graves e tão antigos problemas de invalidez ou incapacidade definitiva? Isto já para não referir os elevados custos sociais de todas as doenças ou acidentes incapacitantes que são provocados por lesão ou disfunção óssea. Conviria, talvez, que não se confundisse limitação ética com indefinição ética, nem ponderação com adiamento, quando, como é o caso, se trata de uma manifestação de ciência do mais alto nível.
(*) Eleito, em 2002, o jovem cientista europeu do ano em Biomateriais (Prémio Jean Leroy da European Society of Biomaterials)
in Sousa, Américo, (2004), O Homem Com Medo de Si Próprio, Porto: Estratégias Criativas
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