O juízo noticioso
No Público do passado domingo, Mário Mesquita lembra o papel crescente que os jornalistas possuem, enquanto actores de campanha, a par dos políticos, dos responsáveis pelos aparelhos partidários, dos profissionais de comunicação e de marketing político, das empresas de sondagens e de várias outras figuras (que nem sempre são visíveis). Segundo o reputado professor de jornalismo, pode mesmo falar-se de jornalistas-seleccionadores, jornalistas-narradores e jornalistas promotores, em função do específico nível ou dimensão em que actuam. E dá um eloquente exemplo: "O modo como a intervenção de um dirigente político num comício pode transformar-se num sucesso ou num desastre varia consoante o juízo noticioso do repórter no terreno"
Mário Mesquita deteve-se aqui sobre alguns aspectos "da actividade de jornalistas, enquanto actores de campanha eleitoral" e esta já terminou. A minha hipótese, porém, é a de que a sua brilhante análise se aplique mesmo fora de campanha, em qualquer tempo ou lugar. A começar por logo à noite, logo após o fecho das urnas. E a não terminar, nunca.
Mário Mesquita deteve-se aqui sobre alguns aspectos "da actividade de jornalistas, enquanto actores de campanha eleitoral" e esta já terminou. A minha hipótese, porém, é a de que a sua brilhante análise se aplique mesmo fora de campanha, em qualquer tempo ou lugar. A começar por logo à noite, logo após o fecho das urnas. E a não terminar, nunca.
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