O Prof. Marcelo vai fazer jornalismo na RTP?
O Manuel Pinto chama a atenção para este texto, no Diário de Notícias, onde Mário Bettencourt Resendes, denotando alguma preocupação pelo modo como José Sócrates reagiu à anunciada colaboração do Professor Marcelo no canal público, escreve:
"É verdade que a RTP tem obrigações particulares, estabelecidas na Constituição, em matéria de pluralismo. Mas, como bem lembrava ontem o seu director de Informação, Luís Marinho, em entrevista ao Jornal de Notícias, esse objectivo mede-se em função de uma avaliação global do espaço informativo e não com uma espécie de paranóia do contraditório que transforma a prática do jornalismo numa mera soma algébrica de intervenções dissociadas de critérios de qualidade".
E, realmente, não lembraria ao diabo querer subordinar o critério jornalístico aos interesses deste ou daquele partido. Aliás, se o pluralismo não fosse interpretado em termos de uma "avaliação global do espaço informativo", sempre que a RTP quisesse integrar o comentário político na sua programação, teria que contratar, no mínimo, tantos comentadores quantos os partidos com assento na AR. Um absurdo.
Outra coisa é a de saber se ainda poderemos falar de jornalismo quando nos referimos ao comentário político de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas sobre isso parece que nem o próprio Mário Bettencourt Resendes se questiona. Será que o assunto é assim tão pacífico para a generalidade dos jornalistas?
"É verdade que a RTP tem obrigações particulares, estabelecidas na Constituição, em matéria de pluralismo. Mas, como bem lembrava ontem o seu director de Informação, Luís Marinho, em entrevista ao Jornal de Notícias, esse objectivo mede-se em função de uma avaliação global do espaço informativo e não com uma espécie de paranóia do contraditório que transforma a prática do jornalismo numa mera soma algébrica de intervenções dissociadas de critérios de qualidade".
E, realmente, não lembraria ao diabo querer subordinar o critério jornalístico aos interesses deste ou daquele partido. Aliás, se o pluralismo não fosse interpretado em termos de uma "avaliação global do espaço informativo", sempre que a RTP quisesse integrar o comentário político na sua programação, teria que contratar, no mínimo, tantos comentadores quantos os partidos com assento na AR. Um absurdo.
Outra coisa é a de saber se ainda poderemos falar de jornalismo quando nos referimos ao comentário político de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas sobre isso parece que nem o próprio Mário Bettencourt Resendes se questiona. Será que o assunto é assim tão pacífico para a generalidade dos jornalistas?
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