Blasfémias liberais
Esta noite abriu ao público o Café Blasfémias, para funcionar como tertúlia da chamada direita liberal. A localização não podia ser melhor: Café Guarany, Av. dos Aliados, Porto. Quanto à jornada propriamente dita, foi um sucesso partilhado por dezenas e dezenas de "clientes".
Diz quem lá esteve, que:
1) a sessão decorreu com vivacidade e animação, mas mantendo sempre um civilizado registo de moderação verbal.
2) Rui Albuquerque tão depressa vestiu o fato de apresentador como logo se revelou um autêntico "operacional", ao passar a noite a fazer chegar o microfone a cada um dos "clientes" que iam fazendo sinal de querer usar da palavra.
3) Carlos A. Amorim defendeu que a direita portuguesa não é liberal e que tem uma queda para ser centralista e autoritária sob roupagens mais ou menos beatas.
4) à pergunta de um "cliente" sobre o que é a direita, Rui Albuquerque respondeu que, no caso português, a direita são os partidos PSD e CDS.
5) Luis Rocha considerou que, numa óptica liberal, o Estado deveria confinar-se a funções essenciais tais como as da Segurança, Defesa e Justiça, ficando tudo o mais entregue aos indivíduos.
6) António Madureira, quadro do PSD em Matosinhos, afirmou ignorar o que seja a esquerda ou a direita, preferindo dividir os cidadãos em conservadores e progressistas, acrescentando ainda que não há liberalismo em Portugal porque "as pessoas" são incultas e incompetentes.
7) Gabriel Silva chamou a atenção para a dificuldade extrema que enfrenta qualquer político que chegue ao Governo (ainda que seja um liberal) para aceitar a redução dos seus poderes.
8) Carlos A. Amorim afirmou que a direita portuguesa não é liberal porque é conservadora - resistindo permanentemente à mudança - mas que também já concluiu que bater-se pelo liberalismo no interior de um partido tem muitas possibilidades de acabar em martírio.
9) Paulo Morais, Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, fez notar que se um dia houver liberalismo em Portugal, de direita ou de esquerda, terá que surgir a partir do Porto pois de uma capital imperial como a nossa é que não será.
10) Rocha Antunes mostrou-se optimista quanto ao futuro do liberalismo em Portugal porque já não é possível ao Estado intervir mais.
11) João Miranda explicou, passo a passo, a génese histórica da actual falta de legitimidade do Estado para intervir em mais de 50% das nossas vidas.
Parece que para Setembro, há mais. Ainda bem. Parabéns ao Blasfémias por esta sua tão interessante como bem sucedida iniciativa politico-cultural.
Diz quem lá esteve, que:
1) a sessão decorreu com vivacidade e animação, mas mantendo sempre um civilizado registo de moderação verbal.
2) Rui Albuquerque tão depressa vestiu o fato de apresentador como logo se revelou um autêntico "operacional", ao passar a noite a fazer chegar o microfone a cada um dos "clientes" que iam fazendo sinal de querer usar da palavra.
3) Carlos A. Amorim defendeu que a direita portuguesa não é liberal e que tem uma queda para ser centralista e autoritária sob roupagens mais ou menos beatas.
4) à pergunta de um "cliente" sobre o que é a direita, Rui Albuquerque respondeu que, no caso português, a direita são os partidos PSD e CDS.
5) Luis Rocha considerou que, numa óptica liberal, o Estado deveria confinar-se a funções essenciais tais como as da Segurança, Defesa e Justiça, ficando tudo o mais entregue aos indivíduos.
6) António Madureira, quadro do PSD em Matosinhos, afirmou ignorar o que seja a esquerda ou a direita, preferindo dividir os cidadãos em conservadores e progressistas, acrescentando ainda que não há liberalismo em Portugal porque "as pessoas" são incultas e incompetentes.
7) Gabriel Silva chamou a atenção para a dificuldade extrema que enfrenta qualquer político que chegue ao Governo (ainda que seja um liberal) para aceitar a redução dos seus poderes.
8) Carlos A. Amorim afirmou que a direita portuguesa não é liberal porque é conservadora - resistindo permanentemente à mudança - mas que também já concluiu que bater-se pelo liberalismo no interior de um partido tem muitas possibilidades de acabar em martírio.
9) Paulo Morais, Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, fez notar que se um dia houver liberalismo em Portugal, de direita ou de esquerda, terá que surgir a partir do Porto pois de uma capital imperial como a nossa é que não será.
10) Rocha Antunes mostrou-se optimista quanto ao futuro do liberalismo em Portugal porque já não é possível ao Estado intervir mais.
11) João Miranda explicou, passo a passo, a génese histórica da actual falta de legitimidade do Estado para intervir em mais de 50% das nossas vidas.
Parece que para Setembro, há mais. Ainda bem. Parabéns ao Blasfémias por esta sua tão interessante como bem sucedida iniciativa politico-cultural.
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