Excerto de um livro não anunciado (250)
De resto, em certa medida, essa tarefa aparece facilitada na retórica, pois dado que todas as propostas ou teses são submetidas ao teste da discutibilidade, sempre se poderá dizer, como o faz M. Maneli, que “os argumentos podem ser rejeitados pelos auditórios por várias razões, mas mentiras, usadas numa troca livre de argumentos, podem ser trazidas à luz mais depressa do que de qualquer outra maneira. Não há garantias contra a falácia, mas a falácia é mais difícil de realizar e de manter indetectada quando o interlocutor é livre para pensar, para falar, para recolher material, para investigar o caso, quando ele é livre e está preparado para tomar parte no processo da argumentação” (*).
(*) Cit. in. Grácio, R., (1993), Racionalidade argumentativa, Porto: Edições ASA, p. 104
(*) Cit. in. Grácio, R., (1993), Racionalidade argumentativa, Porto: Edições ASA, p. 104
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