Recado (mal) recebido
O artigo "Economia e Finanças" de Campos e Cunha que, como o Público hoje refere, esteve no centro da sua saída do Governo, terá sido um bom artigo - admitem-no (alguns) especialistas. Mas do ponto de vista do leigo cidadão, tenho as minhas dúvidas. Porque do artigo de um reputado professor universitário de Finanças, ainda para mais ministro do Governo, seria de esperar que, no mínimo, contivesse alguma novidade, sobre a qual fosse útil ou mesmo necessário pôr o país a reflectir.
Ora todo o texto dispara numa única direcção que é a de combater a "ideia de que o investimento público é sempre bom", através do recurso a verdadeiros lugares comuns tais como "uma boa decisão de investimento impõe a necessidade de uma análise prévia de rendibilidade" ou "a qualidade da despesas públicas passa pela criteriosa e apertada selecção dos investimentos" ou ainda que "a boa qualidade do investimento público é fundamental para que este seja parte da solução e não parte do problema".
Mas se uma autoridade na matéria, como é o Professor Campos e Cunha, se limitou a este tipo de afirmações triviais, é porque não teve a intenção de fazer do seu texto um verdadeiro artigo, muito menos uma lição. Quis apenas mandar um recado, foi o que foi. E não há dúvida de que o recado foi (mal) recebido.
Ora todo o texto dispara numa única direcção que é a de combater a "ideia de que o investimento público é sempre bom", através do recurso a verdadeiros lugares comuns tais como "uma boa decisão de investimento impõe a necessidade de uma análise prévia de rendibilidade" ou "a qualidade da despesas públicas passa pela criteriosa e apertada selecção dos investimentos" ou ainda que "a boa qualidade do investimento público é fundamental para que este seja parte da solução e não parte do problema".
Mas se uma autoridade na matéria, como é o Professor Campos e Cunha, se limitou a este tipo de afirmações triviais, é porque não teve a intenção de fazer do seu texto um verdadeiro artigo, muito menos uma lição. Quis apenas mandar um recado, foi o que foi. E não há dúvida de que o recado foi (mal) recebido.
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