25 abril 2006

Excerto de um livro não anunciado (307)

Poderia Breton ter ido ainda mais longe, no sentido de incluir a sedução no contexto da própria argumentação? Inclinamo-nos para uma resposta afirmativa. Se a sedução ou o encantamento é um fenómeno intrinsecamente humano, não se vê como poderia a argumentação prescindir desse registo de convencer. Torna-se, aliás, formulável uma segunda questão: seria possível influenciar ou convencer alguém apenas pelo recurso à mais fria razão?