Oui, Paris: je t'aime
Mesmo quando se trate de Paris, nenhum filme tem propriamente que fazer a promoção turistica da cidade onde foi rodado. Mas também não precisa de a pintar como realmente não é: uma cidade sombria, sem chama e sem vida, que mais parece um dormitório de indigentes ou de vencidos pelo destino. Foi assim que vi o "Paris, je t'aime", a que fui atraído pelo seu enganador título (duvido que alguém amasse a Paris que é mostrada nesta "amálgama" de filme). Sim, é verdade (não tenho mesmo emenda) também fui na fita das elogiosas apreciações da Crítica. O certo é que entrei na sala para ver um filme e deparei-me com uma manta de retalhos mal alinhavados: umas cenas daqui, outras dali, mais algumas de acolá, sem nexo e, sobretudo, sem invenção. Então aquela peregrina ideia de juntar dois "pedaços" de filme com a mesma "password" para o amor (o "casual" desmaio feminino) não estava mesmo no (meu) programa. Mas que um filme dê para o torto, ainda estou como o outro. O que mais me custa é ver como sai tão mal retratada a Paris dos meus olhos. Ainda bem, por isso, que Eduardo Pitta fez o mais oportuno dos avisos:
Quem conhece Paris, sabe que Paris é a cidade. Mas essa cidade não passa aqui. Quem não conhece, e for ver este filme, tem a tentação de adiar a viagem sine die.
Quem conhece Paris, sabe que Paris é a cidade. Mas essa cidade não passa aqui. Quem não conhece, e for ver este filme, tem a tentação de adiar a viagem sine die.
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