Grandeza de princípios
Há já alguns meses escrevi:
Para atribuir um subsídio de 15.000 Eur à Fundação Eugénio de Andrade, o presidente da Câmara do Porto, Dr. Rui Rio, resolveu pôr uma condição por escrito: que ao menos publicamente, a dita Fundação não diga mal do Município ou, para ser mais exacto, que não diga nada que o Dr. Rui Rio possa considerar como ofensa ao bom nome e à imagem do Município do Porto.
Além de, desde logo, ter condenado tão infeliz iniciativa do Presidente da Câmara, acrescentei:
Não se conhece ainda a posição do presidente da Fundação, Professor Arnaldo Saraiva (a propósito, porque não foi interpelado pela jornalista do Público?)
E não se conhecia mesmo. Os meses passaram e perante o silêncio do Presidente da Fundação confesso que cheguei a convencer-me de que se tinha conformado com a respectiva cláusula restritiva.
A boa notícia, porém, chegou-me através do Público da passada segunda feira:
"A Fundação Eugénio de Andrade /FEA) recusou o subsídio de 15 mil euros que o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, fez aprovar pelo executivo, no final de Junho passado (...) Arnaldo Saraiva esperou até agora que Rui Rio reconsiderasse os termos da cláusula que impede a fundação de criticar o município"
Muito bem. Muito bem, principalmente, por duas razões:
1) Por não ter pactuado com a excessiva e pouco democrática restrição que Rui Rio queria impor (e que a ser aceite poderia, como mau exemplo, passar a funcionar em favor da posição da Câmara).
2) Pela serenidade com que deu tempo e possibilidade a Rui Rio para reconsiderar, se fosse caso disso.
Para atribuir um subsídio de 15.000 Eur à Fundação Eugénio de Andrade, o presidente da Câmara do Porto, Dr. Rui Rio, resolveu pôr uma condição por escrito: que ao menos publicamente, a dita Fundação não diga mal do Município ou, para ser mais exacto, que não diga nada que o Dr. Rui Rio possa considerar como ofensa ao bom nome e à imagem do Município do Porto.
Além de, desde logo, ter condenado tão infeliz iniciativa do Presidente da Câmara, acrescentei:
Não se conhece ainda a posição do presidente da Fundação, Professor Arnaldo Saraiva (a propósito, porque não foi interpelado pela jornalista do Público?)
E não se conhecia mesmo. Os meses passaram e perante o silêncio do Presidente da Fundação confesso que cheguei a convencer-me de que se tinha conformado com a respectiva cláusula restritiva.
A boa notícia, porém, chegou-me através do Público da passada segunda feira:
"A Fundação Eugénio de Andrade /FEA) recusou o subsídio de 15 mil euros que o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, fez aprovar pelo executivo, no final de Junho passado (...) Arnaldo Saraiva esperou até agora que Rui Rio reconsiderasse os termos da cláusula que impede a fundação de criticar o município"
Muito bem. Muito bem, principalmente, por duas razões:
1) Por não ter pactuado com a excessiva e pouco democrática restrição que Rui Rio queria impor (e que a ser aceite poderia, como mau exemplo, passar a funcionar em favor da posição da Câmara).
2) Pela serenidade com que deu tempo e possibilidade a Rui Rio para reconsiderar, se fosse caso disso.
<< Home