Factos novos, percepção antiga?
"Há épocas em que a realidade humana, sempre móvel, se acelera, se embala em velocidades vertiginosas. A nossa época é deste tipo, porque é de descidas e quedas. Daí os factos terem deixado para trás o livro. Muito do que nele se enuncia depressa foi presente e já é passado."
Quem assina estas palavras, limitou-se a fazer o que agora está muito na moda: publicou em livro (*) as crónicas que escrevera para o jornal. Mas a curiosidade não vem daí. O que é curioso é que o seu autor, Ortega y Gasset, já as tenha escrito no longínquo ano de 1927, ou seja, há oitenta anos atrás. Arrisco, por isso a dizer que, provavelmente, mudaram muito mais os factos do que a nossa maneira de os percepcionar.
(*) Ortega y Gasset (2007), A Rebelião das Massas, Lisboa: Relógio D'Água
Quem assina estas palavras, limitou-se a fazer o que agora está muito na moda: publicou em livro (*) as crónicas que escrevera para o jornal. Mas a curiosidade não vem daí. O que é curioso é que o seu autor, Ortega y Gasset, já as tenha escrito no longínquo ano de 1927, ou seja, há oitenta anos atrás. Arrisco, por isso a dizer que, provavelmente, mudaram muito mais os factos do que a nossa maneira de os percepcionar.
(*) Ortega y Gasset (2007), A Rebelião das Massas, Lisboa: Relógio D'Água
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