Amigos
É bom ter amigos?
De tempos a tempos, não sei bem porquê, detenho-me na radicalidade desta pergunta. E, se estão em causa amigos "pouco chegados" nem sempre respondo da mesma maneira. Ao sabor do tempo e da vida, das circunstâncias ou, talvez, dos humores, noto que o regime da minha resposta vai oscilando entre o categórico e o indeciso, entre o alegre e o triste, o céptico e o esperançoso. É lógico: o comportamento varia e a apreciação também.
Muito diferente, porém, é o que se passa com os meus amigos, propriamente ditos. Esses permanecem em geral imunes a grandes variações apreciativas. Estão sempre muito para lá da frieza calculista em que se traduz o mero "deve e haver" relacional. Os meus verdadeiros amigos não têm lugar nem tempo. Nem contas para me prestar. São os legítimos donos do meu afecto. Emocionam-me, fazem-me ser, determinam-me. E, provalmente, nunca saberão o quanto lhes devo.
De tempos a tempos, não sei bem porquê, detenho-me na radicalidade desta pergunta. E, se estão em causa amigos "pouco chegados" nem sempre respondo da mesma maneira. Ao sabor do tempo e da vida, das circunstâncias ou, talvez, dos humores, noto que o regime da minha resposta vai oscilando entre o categórico e o indeciso, entre o alegre e o triste, o céptico e o esperançoso. É lógico: o comportamento varia e a apreciação também.
Muito diferente, porém, é o que se passa com os meus amigos, propriamente ditos. Esses permanecem em geral imunes a grandes variações apreciativas. Estão sempre muito para lá da frieza calculista em que se traduz o mero "deve e haver" relacional. Os meus verdadeiros amigos não têm lugar nem tempo. Nem contas para me prestar. São os legítimos donos do meu afecto. Emocionam-me, fazem-me ser, determinam-me. E, provalmente, nunca saberão o quanto lhes devo.
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