Clonagem: terapêutica ou reprodutiva?
Acho que a clonagem terapêutica tem toda a razão de ser, mas sou totalmente contra a clonagem reprodutiva (...)
Sobrinho Simões, à Visão N. 625 (24 Fevereiro a 2 de Março 2005)
Registo a forte convicção com que este nosso eminente cientista se mostra contra a clonagem reprodutiva, o que, a meu ver, traduz as suas evidentes preocupações éticas. Fica-me, porém, a dúvida, se esta distinção entre clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica será suficiente para nos orientar quanto à clonagem e às mais delicadas questões que suscita. Como eu próprio escrevi no meu livro "O Homem Com Medo de Si Prório" (*)"A clonagem terapêutica, diz-se, é benéfica porque pode ser muito útil no estudo e tratamento de doenças genéticas graves, como no caso das doenças de Parkinson ou Alzheimer. Mas logo alguém rebate afirmando que a clonagem terapêutica abre caminho à clonagem reprodutiva, logo, também é má. E, de facto, se um homem é estéril e usa a clonagem reprodutiva para ter um filho pode-se defender que esse uso foi um uso terapêutico." Em que ficamos, então? Será possível encontrar um outro critério de distinguir o que é ou não aceitável na clonagem? Uma pergunta a fazer a Sobrinho Simões, quem sabe, em próxima entrevista.
(*) Sousa, Américo (2004), O HOMEM COM MEDO DE SI PRÓPRIO, Porto: Estratégias Criativas, pp. 100-101
Sobrinho Simões, à Visão N. 625 (24 Fevereiro a 2 de Março 2005)
Registo a forte convicção com que este nosso eminente cientista se mostra contra a clonagem reprodutiva, o que, a meu ver, traduz as suas evidentes preocupações éticas. Fica-me, porém, a dúvida, se esta distinção entre clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica será suficiente para nos orientar quanto à clonagem e às mais delicadas questões que suscita. Como eu próprio escrevi no meu livro "O Homem Com Medo de Si Prório" (*)"A clonagem terapêutica, diz-se, é benéfica porque pode ser muito útil no estudo e tratamento de doenças genéticas graves, como no caso das doenças de Parkinson ou Alzheimer. Mas logo alguém rebate afirmando que a clonagem terapêutica abre caminho à clonagem reprodutiva, logo, também é má. E, de facto, se um homem é estéril e usa a clonagem reprodutiva para ter um filho pode-se defender que esse uso foi um uso terapêutico." Em que ficamos, então? Será possível encontrar um outro critério de distinguir o que é ou não aceitável na clonagem? Uma pergunta a fazer a Sobrinho Simões, quem sabe, em próxima entrevista.
(*) Sousa, Américo (2004), O HOMEM COM MEDO DE SI PRÓPRIO, Porto: Estratégias Criativas, pp. 100-101
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