É assim... é complicado.
O estilo é o homem, afirmou um dia Buffon. A frase "saiu-lhe" quando apenas pretendia dizer que o estilo é a marca que distingue o humano dos outros seres, conforme muito pedagogicamente esclarecia Eduardo Prado Coelho no seu "O Fio do horizonte" de ontem, no Público. A verdade é que a interpretação que ficou para a História, vai mais no sentido de que o estilo de alguém espelha, digamos assim, a sua própria maneira de ser.
É possível que a questão das expressões ou palavras repetidas até à náusea, a que Pedro Caeiro - por sinal, em grande estilo - aqui se refere, sejam também elas, sobretudo, uma questão de estilo. Há pessoas que prestam mais atenção à estética do próprio dizer, quer por exigência valorativa própria, quer por imposição de uma certa etiqueta social. Nesse caso, tenderão a evitar a repetição sistemática (e cansativa) de quaisquer expressões, ainda que a sua comunicação resulte menos eficaz. Outras, valorizam mais o aspecto funcional da palavra e aí o que conta é o que realmente querem dizer, logo, não hesitam em recorrer às mais estafadas formas de expressão que são, regra geral, as que a sua fraca memória tem mais à mão. E, na maioria dos casos, nem disso tomam verdadeira consciência.
O Pedro Caeiro glosa o "complicado" e fá-lo com toda a pertinência e bom humor (estou a pensar nos hilários exemplos que descreve...). Realmente, terminar (ou interromper?) uma argumentação com o "é complicado", seja numa versão simplória seja em registo mais pretensioso... é complicado. Mais complicado do que isso só vejo mesmo aquela barbaridade do "É assim..." (ou do "então é assim") que de um momento para o outro, passou a infestar o início de toda e qualquer explicação ou resposta. "É assim"? É assim... é complicado. Haja paciência.
É possível que a questão das expressões ou palavras repetidas até à náusea, a que Pedro Caeiro - por sinal, em grande estilo - aqui se refere, sejam também elas, sobretudo, uma questão de estilo. Há pessoas que prestam mais atenção à estética do próprio dizer, quer por exigência valorativa própria, quer por imposição de uma certa etiqueta social. Nesse caso, tenderão a evitar a repetição sistemática (e cansativa) de quaisquer expressões, ainda que a sua comunicação resulte menos eficaz. Outras, valorizam mais o aspecto funcional da palavra e aí o que conta é o que realmente querem dizer, logo, não hesitam em recorrer às mais estafadas formas de expressão que são, regra geral, as que a sua fraca memória tem mais à mão. E, na maioria dos casos, nem disso tomam verdadeira consciência.
O Pedro Caeiro glosa o "complicado" e fá-lo com toda a pertinência e bom humor (estou a pensar nos hilários exemplos que descreve...). Realmente, terminar (ou interromper?) uma argumentação com o "é complicado", seja numa versão simplória seja em registo mais pretensioso... é complicado. Mais complicado do que isso só vejo mesmo aquela barbaridade do "É assim..." (ou do "então é assim") que de um momento para o outro, passou a infestar o início de toda e qualquer explicação ou resposta. "É assim"? É assim... é complicado. Haja paciência.
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