Não era de esperar mais de nós?
No Abrupto:
Contrastes: pelo contrário, magnífica reportagem da SIC sobre o Martim Moniz como "lugar" de diferentes culturas, civilizações, religiões. Em poucos minutos, um retrato como deve ser das comunidades, com personagens certas e típicas e com a câmara dentro do mundo delas: o altar hindu; o angolano que fez a guerra dos dois lados (deve ter começado na UNITA e depois ter sido integrado no exército governamental)
Também vi esta reportagem e uma das coisas que mais me impressionou foi a candura com que o angolano confessava o seu desalento pela enorme diferença entre o Portugal que imaginara e o país que veio encontrar. Particularmente quando desabafou: "Num país com paz há mais de mil e quinhentos anos, pensei que aqui se pudesse escolher o emprego que se quisesse, que se tivesse uma boa formação, pensei até que o transporte fosse de borla...". Passando por cima da imprecisão histórica, reconheça-se que, implícita, fica aqui a boa pergunta: não era de esperar mais de nós?
Contrastes: pelo contrário, magnífica reportagem da SIC sobre o Martim Moniz como "lugar" de diferentes culturas, civilizações, religiões. Em poucos minutos, um retrato como deve ser das comunidades, com personagens certas e típicas e com a câmara dentro do mundo delas: o altar hindu; o angolano que fez a guerra dos dois lados (deve ter começado na UNITA e depois ter sido integrado no exército governamental)
Também vi esta reportagem e uma das coisas que mais me impressionou foi a candura com que o angolano confessava o seu desalento pela enorme diferença entre o Portugal que imaginara e o país que veio encontrar. Particularmente quando desabafou: "Num país com paz há mais de mil e quinhentos anos, pensei que aqui se pudesse escolher o emprego que se quisesse, que se tivesse uma boa formação, pensei até que o transporte fosse de borla...". Passando por cima da imprecisão histórica, reconheça-se que, implícita, fica aqui a boa pergunta: não era de esperar mais de nós?
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