Cartilha para o nosso agir comum
Frei Bento Domingues, hoje, no Público:
O diálogo é uma provocação, isto é, convoca-nos não só para escutar o outro, o diferente, mas para rever as nossas próprias convicções, que, ao longo do tempo, nos impediram de reconhecer a humanidade que nos falta, por nos termos fechado ao que há de mais genuíno nos outros, nas suas convicções, tradições e projectos.
Não se dialoga quando se está, apenas, interessado em fazer a apologia das próprias convicções sem espaço para acolher as dos outros.
Escutar o outro, respeitar a diferença, rever as nossas próprias convicções, ao invés de fazer apenas a sua apologia. Nada que assegure o caminho para a santidade. Mas que o mundo seria bem melhor se essa fosse a "cartilha" do nosso agir comum, lá isso seria.
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