15 julho 2006

Peça que nós transmitimos

Com a devida vénia, faço minhas estas perguntas de Manuel Pinto.

A peça do Público, de resto, resultou confusa e marginal, pelo menos, face ao que de mais importante parece estar em jogo. A própria "decisão da Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas de solicitar a Maria João Avillez que entregue a sua carteira" terá funcionado mais como pretexto do que como real motivo.

É que, da maneira como foi redigido, o texto mostra-se especialmente apto à "defesa" da actividade (ou imagem) da CCPJ, conferindo-lhe uma visibilidade que supostos jornalistas "desinteressados" insistirão em não patrocinar. O título, aliás, não engana. Mais do que aprofundar o caso Maria João Avilez, interessa é saber o que tem "ofuscado" a Comissão da Carteira. A Comissão está viva, portanto. Viva a Comissão. Sem cerimónia, a jornalista avança de panegírico na mão: "A atitude da Comissão tem (...) sido saudada por jornalistas e académicos da área". Grande momento.