O bébé de Viseu na TSF
João Paulo Meneses e Manuel Pinto têm sido intrépidos defensores da não publicação do nome da bébé de Viseu. Nos seus blogues (e adivinho que também fora deles) desdobram-se em avisos, interpretações, protestos e um sem número de argumentos contra a imoral prática de identificar pelo nome crianças que são vítimas de crimes sexuais. Quero dizer que comungo da sua estranheza perante a insensibilidade que a maioria da comunicação social tem revelado, ao escarrapachar, por tudo e por nada, no jornal, na rádio ou na televisão, o nome da inocente criatura. Como ainda agora acabou de acontecer. Desta vez, na rádio. Eram 23,30 h. Sinal horário, publicidade e notícia em destaque: o Tribunal de Família de Coimbra decidiu entregar a bebé fulana de tal aos avós... mais publicidade, logo após, o desenvolvimento e de novo, o caso da bebé de Viseu, uma vez mais nomeada com todas as letras. E outra vez. E mais uma vez. E mais outra. Por cinco vezes o jornalista-locutor pronunciou o nome da bebé. Posso imaginar como se teria sentido João Paulo Meneses ao escutar o que escutei há minutos atrás. Tanto mais que o noticiário que estava no ar era o da TSF. Agora compreendo melhor a desistência.
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