Editorial (in)conclusivo
O editorial (não assinado) da edição de hoje do Jornal de Notícias, dá-nos conta das principais dificuldades que os jornais estão a enfrentar:
1) A quebra de circulação paga
2) A descida de receitas de publicidade
3) A concorrência desenfreada
4) A dificuldade no acesso às fontes de informação
5) Alguma desorientação na profissão
Enumeradas as dificuldades, o editorialista vê nelas outras tantas realidades que também o JN terá de ultrapassar e, de imediato, conclui:
"É por isso que estamos convencidos de que 2008 vai ser decisivo na reafirmação da independência e da qualidade do jornalismo do 'Jornal de Notícias'."
Mas será por existirem tais dificuldades que o JN, ou quem o representa, “está convencido” de que em 2008 haverá uma reafirmação da independência e da qualidade do seu jornalismo? A questão é esta: nenhuma das invocadas dificuldades nem o seu somatório ou articulação, permite inferir qual vai ser em 2008 o grau de independência e a qualidade de jornalismo no JN ou em qualquer outro jornal. Como pode então o editorialista chegar a uma conclusão que não é logicamente suportada pelas respectivas premissas? É por isso que o “É por isso” da frase acima citada parece mesmo posto “a martelo” só para lhe conferir (duvidosa) força persuasiva.
Por outro lado, se repararmos que as primeiras três dessas cinco dificuldades - 1), 2 ) e 3) - têm a ver muito mais com os interesses (do negócio) do que com a informação e conhecimento (do jornalismo) talvez que só uma visão demasiadamente optimista ou até romântica possa autorizar a promessa de “um jornalismo empenhado que não se verga perante nenhum poder e que está sempre próximo dos interesses dos cidadãos (como anuncia o editorial). Mas isso, mais adiante se verá.
Aparte:
Num jornal que se bate pela reafirmação da independência, pela qualidade do seu jornalismo e, de um modo geral, por “um jornalismo empenhado que não se verga perante nenhum poder e que está sempre próximo dos interesses dos cidadãos” faz alguma confusão que não tenha até hoje nomeado um novo Provedor.
1) A quebra de circulação paga
2) A descida de receitas de publicidade
3) A concorrência desenfreada
4) A dificuldade no acesso às fontes de informação
5) Alguma desorientação na profissão
Enumeradas as dificuldades, o editorialista vê nelas outras tantas realidades que também o JN terá de ultrapassar e, de imediato, conclui:
"É por isso que estamos convencidos de que 2008 vai ser decisivo na reafirmação da independência e da qualidade do jornalismo do 'Jornal de Notícias'."
Mas será por existirem tais dificuldades que o JN, ou quem o representa, “está convencido” de que em 2008 haverá uma reafirmação da independência e da qualidade do seu jornalismo? A questão é esta: nenhuma das invocadas dificuldades nem o seu somatório ou articulação, permite inferir qual vai ser em 2008 o grau de independência e a qualidade de jornalismo no JN ou em qualquer outro jornal. Como pode então o editorialista chegar a uma conclusão que não é logicamente suportada pelas respectivas premissas? É por isso que o “É por isso” da frase acima citada parece mesmo posto “a martelo” só para lhe conferir (duvidosa) força persuasiva.
Por outro lado, se repararmos que as primeiras três dessas cinco dificuldades - 1), 2 ) e 3) - têm a ver muito mais com os interesses (do negócio) do que com a informação e conhecimento (do jornalismo) talvez que só uma visão demasiadamente optimista ou até romântica possa autorizar a promessa de “um jornalismo empenhado que não se verga perante nenhum poder e que está sempre próximo dos interesses dos cidadãos (como anuncia o editorial). Mas isso, mais adiante se verá.
Aparte:
Num jornal que se bate pela reafirmação da independência, pela qualidade do seu jornalismo e, de um modo geral, por “um jornalismo empenhado que não se verga perante nenhum poder e que está sempre próximo dos interesses dos cidadãos” faz alguma confusão que não tenha até hoje nomeado um novo Provedor.
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