Os seus documentos, senhor condutor
E o senhor condutor trazia tudo e tudo exibiu: bilhete de identidade, livrete, registo de propriedade, carta verde, ficha de inspecção. Aliás: tudo menos a carta de condução que por esquecimento ficara em casa. Nada que não se resolvesse: "vou-lhe passar uma guia para no prazo de 8 dias apresentar a sua carta na esquadra mais próxima".
Foi anteontem à noite, pelas 21 h, no centro de Vila do Conde. Operação Stop ou lá o que era pois em tempos de tanta insegurança na estrada e fora dela, estranhei que não me tivesse sido pedido para soprar ao balão (era hora de jantar) nem me revistassem o carro. Posso estar errado mas pareceu-me que o senhor agente se deu por satisfeito logo que descobriu uma transgressãozinha do senhor condutor. Uma falta de documentos, mais 30 euros para o erário público (supõe-se) e, sobretudo, uma "prova" de que o senhor agente não brincou em serviço.
Ali ao lado mais duas bombas de gasolina assaltadas à mão armada. Mas... grande azar: a GNR estava ali, dentro da cidade e em local bem iluminado, entretida na caça à multa por falta de documentos. Contei três veículos militares e aí uns seis agentes, devidamente mobilizados. É claro que a GNR não pode estar em todo o lado, principalmente se estabelece este tipo de prioridades de serviço, preferindo controlar "perigosos" condutores em passeio do que, por exemplo, vigiar, descobrir e perseguir os "exemplares" cidadãos que apontam uma arma ao infeliz "caixa" de uma gasolineira.
"Tenho alguma coisa a pagar, senhor agente? "Agora não. Agora só tem que ir à esquadra mais próxima, no prazo de 8 dias, mostrar a sua carta de condução. Depois fica a aguardar a notificação para pagar uma multa de 30 euros", respondeu o solícito senhor agente que se limita a cumprir as ordens que recebe. Vá lá, 30 euros, podia ser pior. Vou pagar a multa pois circulava, inequivocamente, em infracção. Mas não contestando a multa sempre direi que esta infracção já não se usa e não liga nada bem com o país tecnológico que o senhor engenheiro nos prometeu já que, como é sabido, bastaria ao senhor agente ter com ele um qualquer computador (já para não dizer um simples telemóvel) ligado ao respectivo banco de dados para apurar, na própria hora, se eu possuo ou nao carta de condução legal e em vigor. Se bem que seria menos romantico. Não teria por exemplo de esperar, como esperei, por mais de 15 minutos, que o senhor agente preenchesse com letra de forma, a guia que tenho de apresentar na esquadra ao mesmo tempo que a carta de condução. Sim porque um mal nunca vem só, não é verdade?
Foi anteontem à noite, pelas 21 h, no centro de Vila do Conde. Operação Stop ou lá o que era pois em tempos de tanta insegurança na estrada e fora dela, estranhei que não me tivesse sido pedido para soprar ao balão (era hora de jantar) nem me revistassem o carro. Posso estar errado mas pareceu-me que o senhor agente se deu por satisfeito logo que descobriu uma transgressãozinha do senhor condutor. Uma falta de documentos, mais 30 euros para o erário público (supõe-se) e, sobretudo, uma "prova" de que o senhor agente não brincou em serviço.
Ali ao lado mais duas bombas de gasolina assaltadas à mão armada. Mas... grande azar: a GNR estava ali, dentro da cidade e em local bem iluminado, entretida na caça à multa por falta de documentos. Contei três veículos militares e aí uns seis agentes, devidamente mobilizados. É claro que a GNR não pode estar em todo o lado, principalmente se estabelece este tipo de prioridades de serviço, preferindo controlar "perigosos" condutores em passeio do que, por exemplo, vigiar, descobrir e perseguir os "exemplares" cidadãos que apontam uma arma ao infeliz "caixa" de uma gasolineira.
"Tenho alguma coisa a pagar, senhor agente? "Agora não. Agora só tem que ir à esquadra mais próxima, no prazo de 8 dias, mostrar a sua carta de condução. Depois fica a aguardar a notificação para pagar uma multa de 30 euros", respondeu o solícito senhor agente que se limita a cumprir as ordens que recebe. Vá lá, 30 euros, podia ser pior. Vou pagar a multa pois circulava, inequivocamente, em infracção. Mas não contestando a multa sempre direi que esta infracção já não se usa e não liga nada bem com o país tecnológico que o senhor engenheiro nos prometeu já que, como é sabido, bastaria ao senhor agente ter com ele um qualquer computador (já para não dizer um simples telemóvel) ligado ao respectivo banco de dados para apurar, na própria hora, se eu possuo ou nao carta de condução legal e em vigor. Se bem que seria menos romantico. Não teria por exemplo de esperar, como esperei, por mais de 15 minutos, que o senhor agente preenchesse com letra de forma, a guia que tenho de apresentar na esquadra ao mesmo tempo que a carta de condução. Sim porque um mal nunca vem só, não é verdade?
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