Notícia não confirmada
Na edição da passada terça-feira, o Público noticiava em primeira página:
Foi Jerónimo de Sousa quem avisou Alegre do possível avanço de Mário Soares
Ainda na manhã do mesmo dia escuto (com estes meus ouvidos) Alegre a declarar à TSF: "não confirmo essa notícia".
Que conclusão daqui terá retirado o ouvinte? Há sempre duas hipóteses:
1) Num primeiro momento - a notícia é falsa. Foi tudo uma intriga com propósitos inconfessáveis de algum menos escrupuloso adversário político (de Alegre, de Jerónimo ou dos dois). Nada mais que isso.
2) Num segundo momento - mas se Alegre não confirmou a notícia, também não ousou desmenti-la. Ora não confirmar a notícia não significa, necessariamente, negar a sua veracidade. É perfeitamente admissível que a notícia seja verdadeira mas Alegre não tenha querido confirmá-la. E se assim foi, esteve no seu plenísssimo direito pois há que distinguir entre uma livre manifestação de vontade (querer ou não querer confirmar) e a emissão de um juízo sobre o teor da mesma (declarar se é verdadeiro ou falso). Exímio mestre na arte da palavra Manuel Alegre terá recorrido a uma daquelas expressões ambíguas que deixam sempre escapatória, provavelmente, apenas para se livrar da pressão dos jornalistas. Com todo o êxito, diga-se.
Moral da história: até à data, a notícia do Público não foi desmentida.
Ideia a reter: notícia não confirmada não é, ainda, notícia desmentida.
Foi Jerónimo de Sousa quem avisou Alegre do possível avanço de Mário Soares
Ainda na manhã do mesmo dia escuto (com estes meus ouvidos) Alegre a declarar à TSF: "não confirmo essa notícia".
Que conclusão daqui terá retirado o ouvinte? Há sempre duas hipóteses:
1) Num primeiro momento - a notícia é falsa. Foi tudo uma intriga com propósitos inconfessáveis de algum menos escrupuloso adversário político (de Alegre, de Jerónimo ou dos dois). Nada mais que isso.
2) Num segundo momento - mas se Alegre não confirmou a notícia, também não ousou desmenti-la. Ora não confirmar a notícia não significa, necessariamente, negar a sua veracidade. É perfeitamente admissível que a notícia seja verdadeira mas Alegre não tenha querido confirmá-la. E se assim foi, esteve no seu plenísssimo direito pois há que distinguir entre uma livre manifestação de vontade (querer ou não querer confirmar) e a emissão de um juízo sobre o teor da mesma (declarar se é verdadeiro ou falso). Exímio mestre na arte da palavra Manuel Alegre terá recorrido a uma daquelas expressões ambíguas que deixam sempre escapatória, provavelmente, apenas para se livrar da pressão dos jornalistas. Com todo o êxito, diga-se.
Moral da história: até à data, a notícia do Público não foi desmentida.
Ideia a reter: notícia não confirmada não é, ainda, notícia desmentida.
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