A visita de um amigo
Por estes dias, mais concretamente na quarta e na quinta-feira passadas, tive a alegria de receber a visita do meu amigo Hugo que, sendo embora argentino, está há largos anos radicado em Espanha. Hugo Pardo Kuklinski é investigador e professor titular do Departamento de Comunicação Digital, na Universitade de Vic, em Barcelona e escreve com regularidade no blogue digitalismo.com que criou em parceria com o seu colega e também argentino, Carlos Scolari.
Foi uma honra, e ao mesmo tempo, um prazer enorme, poder acompanhar o Hugo pelas ruas mais históricas do Porto e de Gaia, à (re)descoberta dos sinais do tempo, das caves do Vinho do Porto que afinal são de Gaia, do casario da Ribeira portuense, das outrora tão movimentadas Rua de Mouzinho da Silveira e Rua das Flores, da belíssima Estação de S. Bento, sempre em direcção à "baixa" da cidade, onde na recentemente desfigurada Avenida dos Aliados o Café Guarany é, mais do que nunca, de entrada obrigatória.
O jantar no "Dom Tonho", do lado de Gaia - o de paredes de vidro com aquela soberba panorâmica sobre o Rio Douro - foi a preceito, se exceptuarmos o desagradável frio que quase ia congelando os pés do Hugo. Valeu o aconchego de um "tinto" de primeira, para aquecer. Aqui fica a chamada de atenção aos responsáveis: uma oferta de tal requinte não pode descurar o pormenor da temperatura ambiente no interior do restaurante. Mesmo reconhecendo que o malandro do Hugo foi logo escolher os dois dias mais frios do ano para nos visitar...
No dia seguinte fui ter com ele ao bonito Estádio do Dragão que não se cansou de fotografar:
Diz-me o Hugo que todo o argentino é apaixonado por futebol. Colaborei: tirei-lhe uma foto com o dragão mesmo sobre a sua cabeça. Mas o sol ameaçava despedir-se naquela tarde. Levei-o, por isso, prontamente a Gaia que, diga-se o que se disser, ainda é o único sítio de onde se pode apreciar condignamente o Porto. Subimos então ao Mosteiro da Serra do Pilar (o da foto do meu post anterior) e bem lá do alto, o Hugo pôde desfrutar da melhor vista geral da cidade (ver foto "Porto Antigo" no mesmo post) e bater algumas fotografias de ângulos muito especiais.
No "histórico" restaurante "Abadia", que se encontrava repleto, continuamos a nossa animadíssima conversa do dia anterior sobre a vida, o mundo e as pessoas, sobre os negócios e a ética e, naturalmente, sobre a retórica, os blogues, a web2 e as novas tecnologias que são a actual menina dos olhos do Hugo. Terminado o jantar, subimos à movimentada Rua de Santa Catarina que às 11 da noite se encontrava ainda pejada de compradores e passeantes. Depois fomos acabar a conversa para o Café Magestic, verdadeiro ícone da cidade, ligado desde os anos vinte do século passado às tertúlias políticas, ao debate de ideias, às exposições, aos saraus de música e poesia, apresentações de livros e outros eventos de carácter vincadamente cultural. "Muito bonito, muito bonito" - nao se cansava o Hugo de repetir. Até que pegou na máquina e tirou ao interior do luxuoso estabelecimento a original foto que encabeça este post.
Retomamos então o fio à meada. Argumento para aqui, argumento para acolá, lá fomos aferindo a visão pessoal de cada um perante alguns dos principais desafios que mais tarde ou mais cedo teremos de enfrentar, tanto nas respectivas áreas científicas como no plano da vida comum. Até que o sinal de luzes para encerrar o café nos surpreendeu por volta da meia noite. Íamos nessa altura na questão de saber se a inteligência artificial algum dia superará a inteligência humana. O Hugo pensa que não. Eu admito que sim. O que é óptimo: já temos tema para o nosso próximo encontro.
Foi uma honra, e ao mesmo tempo, um prazer enorme, poder acompanhar o Hugo pelas ruas mais históricas do Porto e de Gaia, à (re)descoberta dos sinais do tempo, das caves do Vinho do Porto que afinal são de Gaia, do casario da Ribeira portuense, das outrora tão movimentadas Rua de Mouzinho da Silveira e Rua das Flores, da belíssima Estação de S. Bento, sempre em direcção à "baixa" da cidade, onde na recentemente desfigurada Avenida dos Aliados o Café Guarany é, mais do que nunca, de entrada obrigatória.
O jantar no "Dom Tonho", do lado de Gaia - o de paredes de vidro com aquela soberba panorâmica sobre o Rio Douro - foi a preceito, se exceptuarmos o desagradável frio que quase ia congelando os pés do Hugo. Valeu o aconchego de um "tinto" de primeira, para aquecer. Aqui fica a chamada de atenção aos responsáveis: uma oferta de tal requinte não pode descurar o pormenor da temperatura ambiente no interior do restaurante. Mesmo reconhecendo que o malandro do Hugo foi logo escolher os dois dias mais frios do ano para nos visitar...
No dia seguinte fui ter com ele ao bonito Estádio do Dragão que não se cansou de fotografar:
Diz-me o Hugo que todo o argentino é apaixonado por futebol. Colaborei: tirei-lhe uma foto com o dragão mesmo sobre a sua cabeça. Mas o sol ameaçava despedir-se naquela tarde. Levei-o, por isso, prontamente a Gaia que, diga-se o que se disser, ainda é o único sítio de onde se pode apreciar condignamente o Porto. Subimos então ao Mosteiro da Serra do Pilar (o da foto do meu post anterior) e bem lá do alto, o Hugo pôde desfrutar da melhor vista geral da cidade (ver foto "Porto Antigo" no mesmo post) e bater algumas fotografias de ângulos muito especiais.
No "histórico" restaurante "Abadia", que se encontrava repleto, continuamos a nossa animadíssima conversa do dia anterior sobre a vida, o mundo e as pessoas, sobre os negócios e a ética e, naturalmente, sobre a retórica, os blogues, a web2 e as novas tecnologias que são a actual menina dos olhos do Hugo. Terminado o jantar, subimos à movimentada Rua de Santa Catarina que às 11 da noite se encontrava ainda pejada de compradores e passeantes. Depois fomos acabar a conversa para o Café Magestic, verdadeiro ícone da cidade, ligado desde os anos vinte do século passado às tertúlias políticas, ao debate de ideias, às exposições, aos saraus de música e poesia, apresentações de livros e outros eventos de carácter vincadamente cultural. "Muito bonito, muito bonito" - nao se cansava o Hugo de repetir. Até que pegou na máquina e tirou ao interior do luxuoso estabelecimento a original foto que encabeça este post.
Retomamos então o fio à meada. Argumento para aqui, argumento para acolá, lá fomos aferindo a visão pessoal de cada um perante alguns dos principais desafios que mais tarde ou mais cedo teremos de enfrentar, tanto nas respectivas áreas científicas como no plano da vida comum. Até que o sinal de luzes para encerrar o café nos surpreendeu por volta da meia noite. Íamos nessa altura na questão de saber se a inteligência artificial algum dia superará a inteligência humana. O Hugo pensa que não. Eu admito que sim. O que é óptimo: já temos tema para o nosso próximo encontro.
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