18 dezembro 2006

Excerto de um livro não anunciado (357)

Tudo isto faz com que em certos casos, a via central, que aposta na atenção e compreensão da mensagem, tenha que ser preterida em favor de uma persuasão via periférica, que não exige um nível tão acentuado de pensamento activo nem incide sobre informação relevante para a compreensão da questão em aberto. Segundo o quadro geral de entendimento proposto por Petty e Cacioppo para a compreensão da modificação de atitudes, saber então quando se deve optar por uma ou outra destas duas vias de persuasão é uma questão que só pode ser resolvida em concreto, conhecidos que sejam a força dos argumentos e a capacidade de elaboração do auditório: se é alta a probabilidade de elaboração por parte do receptor e se os argumentos são persuasivamente fortes, a via central pode ser a melhor estratégia a seguir; se, pelo contrário, é baixa a probabilidade de elaboração e os argumentos são fracos, nesse caso, a melhor estratégia será o recurso à via periférica.