Ao que chega o amor de pai
Belmiro de Azevedo insiste e volta a insistir que a escolha do filho para lhe suceder na liderança do Grupo Sonae nada teve a ver com uma questão de linhagem ou de sangue e que o processo de sucessão foi "transparente e pacífico" para os quatro candidatos ao lugar: Ângelo Paupério, Álvaro Portela, Nuno Jordão e Paulo Azevedo.
Desta vez desvenda-nos o modelo que seguiu no processo de sucessão o qual terá passado por colocar três questões aos quatro candidatos:
1) se queriam e podiam ser o número um (os quatro responderam afirmativamente)
2) se no caso de não serem escolhidos aceitariam um dos quatro indigitados (todos concordaram)
3) "Se não for você quem é que escolhe?" (E o resultado levou à escolha de Paulo Azevedo)
(Via Expresso, 26 Maio 2007)
Que o modelo é engenhoso, é. E poderia até ser uma prova da "lealdade e transparência" da própria escolha se os quatro candidatos se encontrassem, à partida, nas mesmas condições. Mas não foi o caso. Por razões acima de óbvias, o filho do patrão não é, nem pode ser, um igual entre iguais, ainda que como tal se procure comportar. Aparentemente, só Belmiro de Azevedo não percebeu que o seu modelo estava inquinado. Daí o murmúrio: ao que chega o amor de pai.
§ - Se Belmiro de Azevedo continuar a "martelar-nos" com a ideia de que o filho foi escolhido apenas por mérito, ainda vai deixar a impressão de que, afinal, não há qualquer evidência disso.
Desta vez desvenda-nos o modelo que seguiu no processo de sucessão o qual terá passado por colocar três questões aos quatro candidatos:
1) se queriam e podiam ser o número um (os quatro responderam afirmativamente)
2) se no caso de não serem escolhidos aceitariam um dos quatro indigitados (todos concordaram)
3) "Se não for você quem é que escolhe?" (E o resultado levou à escolha de Paulo Azevedo)
(Via Expresso, 26 Maio 2007)
Que o modelo é engenhoso, é. E poderia até ser uma prova da "lealdade e transparência" da própria escolha se os quatro candidatos se encontrassem, à partida, nas mesmas condições. Mas não foi o caso. Por razões acima de óbvias, o filho do patrão não é, nem pode ser, um igual entre iguais, ainda que como tal se procure comportar. Aparentemente, só Belmiro de Azevedo não percebeu que o seu modelo estava inquinado. Daí o murmúrio: ao que chega o amor de pai.
§ - Se Belmiro de Azevedo continuar a "martelar-nos" com a ideia de que o filho foi escolhido apenas por mérito, ainda vai deixar a impressão de que, afinal, não há qualquer evidência disso.
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