A ironia de um adeus
A crónica de Francisco José Viegas no Jornal de Notícias de hoje começa com um adeus (Título: "Um adeus ao deserto") e termina com outro:
(Em rodapé: "Nota de Redacção: Francisco José Viegas assina hoje a última crónica 'Topo Norte?'. O 'Jornal de Notícias' agradece a colaboração prestada desde 2004")
Basta ler a crónica para se perceber imediatamente que um adeus não tem nada a ver com o outro: o adeus ao deserto do título, é mesmo um adeus às areias (do Lisboa-Dakar); o outro, é apenas uma colaboração que cessa. Mas a coincidência temporal de ambos, faz com que o chamado "leitor apressado", que só repare no título e na nota de rodapé (ambos em destaque), possa intuitivamente associar (ou pior ainda, identificar) o adeus ao deserto com o adeus ao Jornal de Notícias. Tratar-se-ia aqui de um deserto sem areias, é certo. Mas não é esse o deserto ideal para um adeus irónico?
(Em rodapé: "Nota de Redacção: Francisco José Viegas assina hoje a última crónica 'Topo Norte?'. O 'Jornal de Notícias' agradece a colaboração prestada desde 2004")
Basta ler a crónica para se perceber imediatamente que um adeus não tem nada a ver com o outro: o adeus ao deserto do título, é mesmo um adeus às areias (do Lisboa-Dakar); o outro, é apenas uma colaboração que cessa. Mas a coincidência temporal de ambos, faz com que o chamado "leitor apressado", que só repare no título e na nota de rodapé (ambos em destaque), possa intuitivamente associar (ou pior ainda, identificar) o adeus ao deserto com o adeus ao Jornal de Notícias. Tratar-se-ia aqui de um deserto sem areias, é certo. Mas não é esse o deserto ideal para um adeus irónico?
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