30 março 2008

Economia do disfarce?

Ainda pior, muito pior, do que dizer o certo e o errado num curto espaço de tempo, é dizer apenas o errado.

Como no caso das afirmadas "mudanças estruturais" aqui tão bem "desmontadas" por Gabriel Silva, no Blasfémias.

Sócrates: da confissão à dúvida

Não estará ainda a disfarçar quem só ao fim de 3 anos confessa que disfarçou?

disfarçar

v. tr.,
mascarar;
encobrir;
dissimular;
fingir.


in Dicionário Priberam

O jornalismo começa no título

Alimentação: estudo revela que a vontade de comer não está apenas relacionada com o sabor da comida

Lusa, 29 de Março de 2008, 15:13

Compare com o post anterior: a mesma notícia, o mesmo facto, a mesma descoberta científica mas só um dos títulos é verdadeiramente jornalístico: o que se adequa à notícia.

28 março 2008

Títulos que são um espanto

Como se os cientistas não tivessem mais nada que fazer.

23 março 2008

Sinal de Cruz

"É natural que estes (as elites) tenham dificuldade em se rever numa liderança que deixa cair bandeiras estruturais e num discurso que diz uma coisa e o seu contrário num curto espaço de tempo"

Paula Teixeira da Cruz, "SOL" 21 Março 2008

Percebe-se que esta senhora não morre de amores pelo actual presidente do seu partido e que, por isso, ou sem isso, procura descredibilizá-lo aos olhos do mundo. Com ou sem razão, o sinal está dado. Pergunto-me apenas se não seria de rever a sua crítica ao discurso de Menezes. Porque a verdade é esta: se dizer uma coisa e o seu contrário num curto espaço de tempo realmente descredibilizasse algum político, há muito que o actual primeiro ministro teria ido à vida. E como se sabe, (ainda) não foi. Ponto para Menezes?

Mais e melhor aqui

22 março 2008

Um amor de retórica

A propósito do post anterior, perguntam-me se o "amor à primeira vista" tem alguma coisa a ver com a retórica. Então não tem? Haverá situação retórica mais persuasiva do que a de duas pessoas que conseguem dizer tudo uma à outra sem tempo para dizer nada?

Adeus amor à primeira vista

Não sei quem inventou essa coisa do amor à primeira vista mas que tinha muita piada tinha. Devo dizer que sempre desconfiei (e muito) dessa atracção súbita, desse milagroso "insight", desse "pronto, já está, agora és minha e eu serei teu". Está certo que a minha desconfiança era apenas intuitiva. Mas agora sei que não me faltavam razões para desconfiar. É que segundo o estudo científico levado a cabo por dois psicólogos sociais, Eli Finkel e Paul W. Eastwick, da Northwestern University, em Chicago (*), para se conhecer o par ideal são precisos 4 minutos. 4 minutos, leram bem? Uma eternidade para os tempos que correm. É mesmo o fim. Adeus, amor à primeira vista.


(*) Vem tudo no Expresso de hoje.

18 março 2008

Quem os viu

O que eu esperei para ver o que estou a ver aqui à minha frente, na Sic Notícias* :

António Barreto a atacar José Sócrates e José Miguel Júdice a defendê-lo.

Imperdível.


* Programa: "A Regra do Jogo"