Provedor dos leitores escreve para jornalistas
3. Cumprir as regras da produção jornalística, atender ao rigor dos factos e respeitar a língua
4. Considerar também a fotografia como elemento de informação
5. Entender o Público não como um jornal em papel com um site integrado mas como uma marca de informação englobando os mais diversos suportes.
Aqui dirigidas aos jornalistas do Público, estas cinco recomendações de Joaquim Vieira apontam para outros tantos (e controversos) problemas do jornalismo em geral, quer ao nível da prática profissional quer no campo do seu estudo académico. Mas a (louvável) frontalidade com que são descritas pelo Provedor, pode também fazer parecer que os jornalistas do Público têm a mania de que são mais do que os leitores, borrifam-se para a curiosidade (ou interesse) de quem compra o jornal, distorcem os factos, dão calinadas na língua e manipulam as fotografias.
Por isso, e também porque, como o próprio Joaquim Vieira reconhece na sua derradeira crónica, à actividade de provedor é inerente "a diferença de pontos de vista entre escrutinador e escrutinado", será de esperar uma reacção dos jornalistas do Público, porventura, tão frontal como a crítica do Provedor.