Na política, por exemplo
Karl Popper
(1999), O Mito do Contexto, Lisboa: Edições 70, p.67
Um ideal, dir-se-á. Mas como seria a política sem ideais?
* Voltaire (1992), CARTAS FILOSÓFICAS. Lisboa: Editorial Fragmento
* Popper, Karl (1997), O REALISMO E O OBJECTIVO DA CIÊNCIA. Lisboa: Publicações D. Quixote
* Putnam, Hilary (1992), RAZÃO, VERDADE E HISTÓRIA. Lisboa: Publicações D. Quixote
A 2,5 Euros:
* Pintasilgo, Maria de Lourdes (1985), AS MINHAS RESPOSTAS. Lisboa: Publicações D. Quixote
* Skinner, Quentin (1992), AS CIÊNCIAS HUMANAS E OS SEUS GRANDES PENSADORES. Lisboa: Publicações D. Quixote
* Meyer, Michel (1991), A PROBLEMATOLOGIA. Lisboa: Publicações D. Quixote
Nada mau...
Para quem está chegando a Portugal e não está entendendo bem o que está acontecendo, é o seguinte: há dois anos e meio o primeiro-ministro socialista foi-se embora para casa antes do final do mandato. Há três semanas o primeiro-ministro social-democrata foi-se embora para Bruxelas no meio do seu mandato. Há uma semana o Presidente da República (que até era socialista, mas agora ninguém sabe), demorou, demorou e resolveu (ele pode) que o melhor para o país era que o novo primeiro-ministro fosse o vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) que no entanto era presidente da Camara de Lisboa.
Está acompanhando o raciocínio? Óptimo! Porque a história vai se complicar ainda mais...
O Presidente da República entendeu que não era preciso convocar eleições porque o novo primeiro-ministro continuaria a governar com o apoio do partido mais à direita do país, que é bem pequenino e nao teve nem 6% dos votos nas últimas eleições.
Aí o líder dos socialistas ficou tão chateado que também resolveu ir-se embora.
Entao havia uma esperança: voltaria de Bruxelas um ex-comissário capaz de deixar todo mundo feliz no Partido Socialista, e até na oposição.
Mas ele tambem nao quis vir.
O senhor que é o novo primeiro-ministro de Portugal, coitado, não é muito querido pelos colegas do partido dele. O novo lider dos socialistas ainda ninguém sabe quem é, mas aquele outro senhor, o do partido bem pequenino, ja tem quatro ministérios e não sei quantas secretarias de estado.
Estes senhores que agora mandam em Portugal são muito risonhos, saem em muitas revistas, aparecem sempre na televisão e usam uns ternos (fatos) muito bem feitos. Tambem têm todos um problema com o barbeiro. Mas que importância tem isto se eles são os únicos que querem ficar quando todos os outros se foram embora?Paula Ribeiro – in Correio do Brasil, 15.07.2004